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Promotor abre jogo sobre briga de poder que iniciou a derrocada do Brasil Open

Alexandre Cossenza

22/11/2019 04h00

Após quase 20 anos como parte importante do circuito mundial, o Brasil Open sofreu um duro baque este ano. A gigante agência internacional Octagon, dona dos direitos de realização do torneio, entrou em acordo com promotores chilenos e tirou seu ATP 250 de São Paulo. A partir de 2020, Santiago será a sede de um evento na mesma data, em fevereiro.

Restou à promotora brasileira Koch Tavares aproveitar a marca de seu torneio e dar sequência ao evento, embora em um escalão inferior. Ano que vem, o Brasil Open fará parte da série Challenger (eventos que dão menos pontos e prêmios em dinheiro do que os ATPs 250) e será disputado em novembro, na última data do calendário do tênis masculino.

Diretor do Brasil Open e presidente da promotora, Luis Felipe Tavares concedeu entrevistas exclusivas nesta quinta-feira, na capital paulista, para explicar a mudança e suas consequências. No papo que publico abaixo, o executivo revelou e destacou a briga de poder entre duas agências gigantes de marketing esportivo IMG deu início ao processo de decadência do Brasil Open, colocando o torneio em concorrência direta com dois eventos mais fortes e mais ricos: os ATPs 500 de Acapulco e Dubai.

Tavares também falou sobre como as incertezas políticas do país afetam a promoção de eventos, comentou consequências da Lei de Incentivo, anunciou a realização da Brasil Open Series, com torneios em Olímpia (SP) e Florianópolis (SC) e disse até que a Koch tem planos para se aproximar mais do beach tennis. Confira abaixo os trechos mais importantes da conversa:

Queria começar pela parte sentimental da coisa…

(risos)

Porque o torneio é um filho seu com quase 20 anos… Como foi perder a data do torneio como ATP?

Olha, é boa sua pergunta. Realmente, você tem que separar, entendeu? Você tem que separar. O que ocorreu foi que as circunstâncias que nos levaram à situação de hoje, que é de escolher uma nova data para fazer o Brasil Open acontecer, elas vêm ficando claras a partir de uns cinco anos atrás. Primeiro, quando foi aprovada a transferência do torneio de Memphis para o Rio de Janeiro. Isso, com certeza, causou um impacto no mercado, confusão na mente dos patrocinadores. Na primeira edição, nós ainda tínhamos a data anterior ao Rio de Janeiro. Esse episódio com certeza não teria ocorrido caso a gente tivesse ficado na data anterior. Acontece que por gestões políticas que não feitas pela Koch Tavares, mas pela Octagon, que é a detentora da data, acabou que a data, em vez de ser na segunda semana da gira (sequência sul-americana de torneios no saibro), ficou na quarta. Ao ficar na quarta semana….

Que é a pior data do calendário inteiro!

Do mundo. Do planeta Terra! Então o que aconteceu? Nós ficamos numa situação em que tem Acapulco (ATP 500 disputado em quadras duras) do lado de Indian Wells (Masters 1000 disputado pouco depois de Acapulco), em quadra dura… O cara pega e em duas horas está lá em Indian Wells. E Dubai (ATP 500 disputado na mesma semana de Acapulco e de São Paulo), com o cheque. E nós estamos no meio, com a Dilma, o Brasil… Nós estamos aqui. Além disso, existe um outro torneio que foi criado pelo Larry Ellison, o dono da Oracle, o quarto cara mais rico do mundo, sei lá. Ele montou um evento lá em quadra dura. Por mais sentimento que eu tenha de que a gente gostaria de continuar… A realidade dos fatos nos faz uma vez mais apelar para a criatividade e fazer alguma coisa diferente numa data diferente. A gente vai enfrentar outros tipos de adversidades e procurar fazer com que isso seja benéfico do ponto de vista de atratividade para os jogadores, para a imprensa, para os patrocinadores e para o público. E para nós também, promotores dos eventos. É uma situação que, enfim, ocorreu e a gente vai tratar da melhor maneira possível. A maneira que a gente encontrou, e acho que a gente já avançou bastante, é o fato de que a gente já tem a aprovação pelo Ministério do Esporte com a Asbra, que é a organizadora do evento, solicitando o projeto, que já foi aprovado. Ao contrário do que aconteceu nos últimos dois anos. No último (Brasil Open), na segunda-feira os caras estavam jogando e não tinha aprovado ainda o projeto por conta da mudança do governo e tudo isso aí. Então a gente já tem isso aí aprovado, inclusive para a nova data, com autorização para a captação inclusive. Já temos o local, que será o mesmo, o Ibirapuera. Havia uma dúvida quanto à celeridade da privatização do Ibirapuera. Poderia ser que já para 2020 não seria possível fazer lá, mas agora vai ser possível fazer em 2020 pelo menos o evento no ginásio do Ibirapuera. Então já temos a data da ATP, o ginásio do Ibirapuera, temos aprovação da Lei de Incentivo e agora nosso trabalho vai ser de elaborar, dentro das rígidas normas existentes, trazer alguma atratividade importante para essa data do calendário, seja do ponto de vista de eventos paralelos, seja no evento em si, numa negociação onde a gente possa atrair novos recursos para o evento em si. Isso vai depender de pleitos que a gente vai construir junto com a ATP. A gente tem o apoio da Confederação Brasileira de Tênis, de todos os envolvidos nesses quase 20 anos de coisa…

Essa data de novembro vai entrar mais ou menos na reta final de Challengers da América Latina…

É. O fato de ela estar colocada como último evento Challenger…

Pode ajudar, dependendo de como estiver o ranking porque você pode ter bons tenistas querendo pontos para entrar no Australian Open…

Existe o negócio das contratações também, mas os eventos de 250 e até 500, eles têm que contratar jogador por fora para o cara vir jogar, senão o cara não vem. E, mesmo assim, você contrata, o cara vem aqui, entrega o jogo na primeira rodada e vai embora passear. Pega tua garantia, a tua grana e ó… O Tsonga? Trezentos mil dólares, o cara vai lá, pá… E vai pra praia, acabou (Tsonga foi derrotado por Thiago Monteiro em sua estreia no Rio Open de 2016). Ou escola de samba. Além do seguinte! Uma coisa que não estamos levando em conta aqui é que o seguinte: o Brasil Open e o Rio Open também acontecem durante a maior festa do planeta! Nem o futebol joga nessa época. O Flamengo não joga! O Corinthians não joga! Os caras estão no Carnaval! E agora nós vamos poder ir no carnaval (risos).

O que eu nunca soube dessa história é que foi a Octagon que negociou essa troca de data. Eu sempre pensei que fosse uma coisa que a ATP impôs porque Buenos Aires tem mais história…

Buenos Aires conseguiu tirar a gente da segunda semana e ficarem eles. Desde o início, quando teve a primeira reunião para aprovação da inclusão do Rio no calendário, eu me lembro: o promotor do Rio era o Miguel Nido, que hoje em dia ainda continua envolvido, mas vendeu a participação dele para um grupo belga. Nós estávamos na reunião e ele falou: "Um dos torneios vai morrer." Acabou que a gente acabou tendo que sair e vamos agora…

Isso era irreversível? Não havia chance de a ATP trocar essa data novamente com, sei lá, com Buenos Aires ou Quito ou…

Essa gestão política é feita pela Octagon porque ela é a detentora da data, então eu não participo. Eu não participo. Além do mais, a Octagon… Qual é a principal concorrente da Octagon? É a IMG. A IMG era sócia do torneio de Buenos Aires. O Miguel Nido era funcionário da IMG e antes era da ATP. Entende? A IMG com a ATP. Fodeu. Então eles foram para aquela data lá. A IMG ficou plantada com a data do Rio de Janeiro. Pegou dinheiro do Eike Batista, com benefício fiscal do Sérgio Cabral, tá certo? Somando os dois, dá 300 anos de prisão! Graças a Deus, os dois estão em cana. Foi o que aconteceu: o cara foi lá com o cheque… Nosso (dinheiro)! Meu! Teu! Foi lá, deu na mão dos caras da IMG também, para fazer a transação com Memphis, pagaram uma puta grana, os caras ficaram contente, passaram para um 250, "dá aqui o meu", joga o evento para o Rio de Janeiro. Aprovaram na ATP porque a IMG vende todos os direitos de televisão, manda no negócio do tênis há muitos anos. É uma companhia enorme, bilionária, que agora foi vendida para uma maior ainda, que é a CAA (Creative Arts Agency, agência de talento e esportes baseada em Los Angeles) que representa os artistas e tal. E aconteceu isso aí. Vou fazer o quê? "Ah, mas você…" Foda-se. Nós vamos fazer o nosso acontecer da melhor maneira possível e vamos conseguir. Já conseguimos coisa muito mais difícil.

Eu lembro que, nessa época da mudança de Memphis, eu tinha lido que os ATPs 500 eram o nível de torneio mais difícil de se sustentar porque além de pagar premiação maior e dar mais garantias, tinha que pagar cachê do mesmo jeito. Por isso que a chave do Rio fica tão parecida com a de Buenos Aires…

A de Buenos Aires às vezes é até melhor, né? Nós, quando trouxemos o torneio da Costa do Sauípe para cá (São Paulo), foi um pedido da ATP. "Vocês precisam estar numa cidade grande." Nós trouxemos para São Paulo! Nós não fomos para o Rio de Janeiro.

E os dois primeiros anos aqui foram ótimos. Em 2012, teve casa cheia. Em 2013, ainda teve o Nadal de "bônus", mas sem ele ainda tinha Nalbandian, Almagro…

Exatamente! A final (de 2013) foi contra o Nalbandian.

O Demétrio Vecchioli, do blog Olhar Olímpico, escreveu uma série de posts relatando as dívidas da Koch Tavares e contando como alguns fornecedores não queriam mais trabalhar com vocês. O quanto isso afetou o torneio?

O torneio correu, dentro das dificuldades que se apresentaram por conta da aprovação da Lei de Incentivo na segunda-feira do campeonato… O que aconteceu? Houve um problema de cash flow. Eu, que sempre fui o responsável pela… Pelo cheque, digamos assim. Em função da economia e do que está ocorrendo no país – não é nem de 2012, é de lá atrás, de 2008, quando quebraram os bancos. Ali é que começou o problema. Eu, que anteriormente poderia estar socorrendo o Brasil Open no cash flow, fiquei sem condições de fazer isso porque não tinha o que vender. Porque ninguém compra! Entendeu? Fiquei sem ação. Então o que aconteceu? Houve uma dilatação no prazo de pagamento para alguns fornecedores que, à medida em que o dinheiro foi entrando, foram pagos. Se hoje tem 5% que ainda não receberam, vão receber. Vão receber! Esses todos tiveram que enfrentar o "Não vou receber amanhã? Não vai. Por quê? Porque não vai. Vai demorar três meses pra receber. Vai receber em 30, 60 e 90!" Isso aí acontece com qualquer empresa, com qualquer cara. O que ocorreu foi isso aí. Agora… O intuito que a gente tem com essa entrevista aqui com você, com o pessoal que antecedeu, é passar para vocês quais são as realidades do que está ocorrendo para que vocês possam produzir a melhor notícia, e não apenas uma notícia buscando um lado pejorativo, que eu não tenho simpatia. Mas também não tenho controle, então que que eu posso fazer?

Nesse processo todo, a Lei de Incentivo ajudou ou atrapalhou mais?

Essa é uma boa pergunta…

Todos promotores comentam que a partir do momento que a Lei de Incentivo passou a vigorar, todas empresas só queriam patrocinar evento incentivado.

Correto. Não são todas, mas a grande maioria é isso aí. Você chega lá, tem um projeto assim, assim, assado… "Tem Lei de Incentivo?" É a primeira pergunta. A segunda é a seguinte: "Tá publicado no Diário?" O papo começa assim. A Lei de Incentivo é boa? Ela é boa, mas é muito recente. Nós estamos pensando no que vai acontecer em fevereiro. "Ah, o campeonato não está mais aqui, vai para o Chile, que puta cagada." Não é… O negócio tem maturação. Então as coisas vão andando. Agora existe um projeto que busca aumentar de 1% para 2% o valor da Lei de Incentivo ao Esporte, que vai passar não sei aonde… Com esses caras de Brasília, você não sabe o que vai acontecer! E você vive todas essas situações. O teu baralho está ali, ele é só um. Ele vai de 2 a Ás. Você tem que jogar com as cartas que tem.

Eu sempre pergunto isso porque a Lei praticamente forçou as promotoras a criarem institutos ou fundações ou se associarem a federações ou instituições ou algo do tipo. E há quem trate isso como se fosse uma fraude. E não é…

Claro, claro. A Lei fala assim. Se você tem uma empresa e quiser fazer um evento, você não consegue protocolar um projeto. E você é uma empresa. Você tem que ir através de alguma dessas aí. Tem gente que vive disso. Tem gente que não trabalha. Vive disso. "Você quer?"

Gente que tem uma instituição que capta…

Você acaba ficando… É mais um complicômetro. Acredito que, em algum momento, as pessoas que tratam disso, e são pessoas que são do serviço público, que aos poucos vão se dando conta das dificuldades e dos defeitos que precisam ser corrigidos. Assim como foi feito o negócio da previdência, que o cara olhou a conta lá e falou "vou quebrar". Então vai ter que passar. Se passou a reforma da previdência em Brasília, você imagina só! Em algum momento, as coisas vão se corrigindo. Isso é ao longo do tempo. Se a gente tiver gente interessada em enfrentar, como nós estamos enfrentando, as chances de a gente conseguir chegar a um bom termo são maiores do que se eu fosse, por exemplo, um aproveitador de situações para me beneficiar de uma situação criada. A gente conhece inúmeros casos aqui, dentro do esporte, inclusive, que levaram o Brasil o que a gente está agora. A construção de não sei quantos estádios, essa puta roubalheira da Olimpíada, a Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, mais não sei o que lá… Esse é o país que a gente vive.

Hoje em dia é mais fácil vender um Challenger do que um ATP?

Olha, nós já fizemos vários Challengers aqui no Brasil, inclusive fizemos a Copa Petrobras, que eram sete Challengers durante sete anos na América do Sul inteira. Obviamente que era uma outra situação porque você tinha o patrocinador principal, que era a Petrobras, então os co-patrocinadores não tinham tanta importância assim porque o projeto era financiado pela Petrobras. Era uma situação diferente. Nós, para o ano de 2020, já temos dois Challengers que estão programados. Um é para Olímpia (SP). Não sei se você conhece Olímpia…

Não.

Eu também não conhecia. Vou até contar para você a história. Olímpia é uma cidade que, estrategicamente, está no meio de duzentas cidades que ficam a 70-80 quilômetros de distância. Eles desenvolveram um parque aquático lá que, neste último fim de semana, no feriado, para você ter uma ideia, foram 50 mil pessoas. Eu fui lá visitar um ano e meio atrás porque o presidente de uma cadeia de hotéis que tem lá era da Costa do Sauípe, um amigo meu. E ele está desenvolvendo essa região e me comentou. Aí fui lá e vi isso aí. Eu fui numa terça-feira nesse parque, que fica em frente a um hotel. Terça-feira de tarde. Tinha 16 mil pessoas dentro do parque. Tivemos reunião com o prefeito, e o que eles pretendem lá é trazer eventos, e nós vamos fazer um evento da série Challenger lá, que será em março. Parece que o tênis tem muito interesse da comunidade lá e tudo. O prefeito falou assim: "nós vamos fazer daqui a Orlando brasileira."

Ousado.

Está crescendo em números impressionantes por conta do parque, que está sempre investindo e aumentando. Está a 60 quilômetros de São José do Rio Preto e 50 de Barretos. Então essa é uma novidade. E também em Florianópolis a gente vai fazer um evento Challenger na sede da Confederação Brasileira de Tênis…

Em quadra dura?

Em quadra dura. Olímpia é no saibro. Então, dentro dessas mudanças todas, tendo que conversar com todas pessoas envolvidas, gestores de calendário… É um jogo de xadrez que precisa estar bem apto a jogar esse jogo para saber o que é melhor, para onde ir, em que época ir e o que fazer. E a gente chegou à conclusão, depois de alguns anos elaborando se a gente conseguiria mudar o tour (sul-americano) inteiro de saibro para dezembro, coisa que a gente não conseguiu… Agora existe uma nova oportunidade, que vai se começar a tratar em função da mudança de presidente da ATP… Então, politicamente existe uma nova situação. O jogo continua sendo jogado. É difícil? É, mas a gente vai continuar.

E o Brasil Open, de novembro, o senhor já fala a premiação?

Ele está inscrito no calendário da ATP como um ATP Challenger 125 (com premiação de US$ 162 mil). É o último da temporada. Talvez a gente possa ter alguma ideia a nível de marketing de como fazer desse assunto aí algo mais importante. E, com isso, poder atrair mais jogadores do que a gente atrairia no Brasil Open, na data de fevereiro, e, com isso, fazer o torneio crescer em importância e, depois, uma vez provado esse novo conceito, essa nova data, a gente trabalhar para que o evento vá crescendo.

Ter mais tenista brasileiro ajuda também, não?

Também. Ajuda.

Hoje, só tem o Thiago Monteiro entre os 100 melhores do mundo e só mais um, o João Menezes, entre os 200…

Exatamente. Existe um hiato aí, nos próximos três ou quatro anos, a nível dos jogadores brasileiros. Colocar mais eventos durante o ano vai beneficiar os jogadores. Foi assim com o Bellucci.

A Koch inventou o beach soccer. Vocês têm algum plano fora do tênis para 2020? Para beach tennis, por exemplo?

No beach tennis, já fizemos um evento este ano. Foi a primeira vez que tive contato com o beach tennis. Confesso que nunca tinha presenciado um evento de beach tennis. Nunca joguei. Eu achei interessante o beach tennis. Nossa relação com a modalidade começou este ano, em São Sebastião (Maresias), onde fizemos um evento. Foi muito interessante, chamou bastante atenção. Estamos, sim, olhando para o beach tennis. Talvez em 2021 a gente tenha uma novidade importante para nossa atuação junto com o beach tennis.

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Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.


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