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10 momentos de Stefanos Tsitsipas que vão te conquistar

Alexandre Cossenza

12/08/2018 06h00

Ele pode não ser o favorito para vencer final deste domingo, no Masters 1000 de Toronto, mas é bem possível que Stefanos Tsitsipas, 19 anos, #27 do mundo, seja o preferido da torcida canadense. Só nesta semana, o jovem grego derrotou quatro top 10 seguidos (Dominic Thiem, Novak Djokovic, Alexander Zverev e Kevin Anderson) numa campanha que o levará para, pelo menos, o 15º posto do ranking mundial.

Mas não são só as vitórias ou os match points salvos em duas partidas (Zverev e Anderson) em Toronto que fazem de Tsitsipas um tenista cativante. Além de um tênis vistoso, bacana de ver, e de manter a cabeça no lugar (na maior parte do tempo), o adolescente vem encarando sua ascensão com simplicidade, declarações interessantes e uma simpatia natural. E se você não o conhece, deixo aqui 10 motivos para acompanhá-lo com atenção a partir de agora.

1. Backhands precisos com uma só mão

O backhand de uma só mão é, para muitos (o autor deste texto inclusive), o golpe mais bonito de ver no tênis, seja saindo da raquete de Gustavo Kuerten, Roger Federer, Stan Wawrinka ou Richard Gasquet. Stefanos Tsitsipas é um adepto do golpe e já tem uma bela coleção de winners com ele.

2. Esforço

Tsitsipas ainda não é um mestre junto à rede, mas não é por falta de vontade. Quando a situação se apresenta, o adolescente não tem medo de mergulhar para fazer um voleio, não importa se é grama, saibro ou quadra dura.

3. Senso de humor

Antes de disputar a final do ATP 500 de Barcelona contra Rafael Nadal, Stefanos Tsitsipas disse que viu milhões de partidas do espanhol no saibro e, sorrindo, afirmou que se preparou por dez anos para aquele jogo. Declarou, ainda rindo, que seria "uma aula grátis de Rafa no saibro". Até Nadal, geralmente sisudão nas coletivas pré-jogo, se divertiu e rebateu: "Se ele me deixar dar [a aula], darei feliz." O espanhol venceu por 6/2 e 6/1.

Os dois se reencontram neste domingo, na final do Masters 1.000 de Toronto. O piso é outro e, a julgar pela semana mágica e por como vem sacando bem nos momentos importantes, Tsitsipas terá mais chances na quadra dura canadense do que no saibro de Barcelona. Daí a derrotar o número 1 do mundo ainda existe um longo caminho, mas não dá para descartar a hipótese.

4. Semelhança com Gustavo Kuerten

Na entrevista que deu ao colega Thiago Quintella, Tsitsipas falou sobre isso e disse que admira Guga "porque ele era 'o cara' do saibro antes do Nadal. Ele tinha um belíssimo backhand, isso é verdade. Ele era um grande jogador." O grego também vê algumas semelhanças entre o seu tênis e o do tricampeão de Roland Garros. Na mesma reportagem, o catarinense concorda: "Vi que ele tem um estilo agressivo, pega bola na frente, atacando e encurtando os espaços da quadra. Lembra o meu jeito de jogar." Leia aqui.

5. Momento de fúria

Esse aqui é para quem gosta de um tenista que, embora calmo e centrado na maior parte do tempo, também protagoniza instantes de raiva pura dentro de quadra. O vídeo abaixo é do ATP 500 de Washington, na semana passada.

6. Coragem no match point

Na partida deste sábado, Tsitsipas disputou um rali com Kevin Anderson precisando vencer o ponto para continuar na partida. Quando teve a chance, não bobeou: enfiou uma belíssima cruzada angulada, fora do alcance do sul-africano. Dois pontos depois, o grego comemorou a vitória.

7. Honestidade

Sim, Tsitsipas teve coragem para soltar aquela esquerda em um ponto importantíssimo do jogo, maaaaaaas ele não sabia que era match point. Após o jogo, na entrevista coletiva, disse que "às vezes, quando você está muito concentrado, você perde — meio que perde a realidade do que está acontecendo." Pelo menos o grego merece pontos pela honestidade, não?

8. Simpatia

"Eu? Não. Vocês." Tem jeito melhor de agradecer ao público depois de uma vitória? Tsitsipas foi puro carisma após eliminar Anderson.

9. A prova definitiva

Depois de rolar por esta página, você, leitor, pode não estar convencido com as muitas qualidades de Stefanos Tsitsipas, mas a torcida de Toronto já está apaixonada pelo grego. Dá só uma olhada no vídeo a seguir para entender o nível da relação…

10. Filosofia

Filosofia, do grego philosophia… Sorry, José Padilha. Bom, filosofia significa amor à sabedoria e que sentido teria terminar um post sobre um grego sem uma frase profunda? Eis o que Stefanos Tsitsipas escreveu na câmera neste sábado: "Nunca fica mais fácil. Você só melhora."

Okay, gente, não é a frase mais profundo da história da Grécia, mas o rapaz tem 19 anos e não se chama Aristóteles. Porém, sem querer bancar o Oráculo de Delfos, ouso afirmar que Tsitsipas terá muito a dizer pelos próximos dez anos. Vai ser bacana acompanhá-lo, viu?

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Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.


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