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Por que Guga não vai treinar Del Potro

Alexandre Cossenza

24/04/2017 10h28

No fim de semana, após uma coletiva de Juan Martín del Potro, as notícias começaram a pipocar por toda parte. O argentino, campeão do US Open de 2009, estaria disposto a entrar no grupo de atletas treinados pelos chamados supertécnicos – ex-tenistas que conquistaram muita coisa e toparam ajudar atletas do circuito de hoje. Del Potro citou Pete Sampras e Gustavo Kuerten, mas disse que vem sendo difícil conseguir um acordo com um desses grandes campeões.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Guga confirmou que a equipe de Del Potro entrou em contato, mas não houve mesmo um acerto. E por que Guga não aceitou trabalhar como técnico do argentino? Ele mesmo responde:

"Eu adoraria ajudar o Del Potro porque é um jogador que tem condições de chegar a número 1 do mundo, mas, em função de todos os compromissos que assumi, a minha prioridade no tênis é o desenvolvimento da Escolinha Guga, projeto que tem a ambição de transformar o tênis no Brasil. E além disso o que sobra de tempo é dedicado à família, para eu acompanhar o crescimento dos meus filhos. Quem sabe quando as crianças crescerem, daqui a alguns anos, eu tenha condições de viver esse tipo de experiência."

A admiração mútua vem de longa data. Durante o Masters de Miami deste ano, Del Potro publicou a foto acima em sua conta no Twitter. É inegável que seria uma parceria intrigante. São dois sul-americanos campeões de Slam, pessoas carismáticas e que precisaram lidar com lesões gravíssimas durante seus melhores anos no circuito. Guga nunca conseguiu voltar ao nível de antes. Delpo parecia rumar para um fim de carreira semelhantes, mas fez um retorno brilhante e comovente em 2016, que lhe rendeu a medalha de prata olímpica e culminou com a conquista da Copa Davis.

Desde seu retorno às quadras, Del Potro vem disputando torneios sem um treinador fixo. Recentemente, o argentino viajou acompanhado por Daniel Orsanic, capitão da equipe argentina que foi campeã da Copa Davis, mas nunca foi uma parceria definitiva.

A rede de franquias da Escolinha Guga (para crianças de 5 a 10 anos) já soma 38 unidades, enquanto a Escola Guga (11 a 15 anos) tem outras 20. A rede tem mais de 2 mil alunos matriculados em 25 cidades do país. O negócio nasceu em Florianópolis com o objetivo de ensinar tática e técnicas do tênis por meio de brincadeiras, com metodologia adequada às diversas idades.

Recentemente, a Escolinha Guga recebeu o Selo de Excelência da ABF (Associação Brasileira de Franchising). A intenção de Guga e sua equipe é alavancar o plano de expansão dos dois modelos de negócio, anunciando outras inaugurações já no segundo semestre do ano.

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Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

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