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O espírito de equipe

Alexandre Cossenza

14/09/2014 06h00

Se há algo inegável quando falamos da equipe brasileira que disputa a Copa Davis, é a união dos jogadores. E todos que estão no time em São Paulo, para este confronto contra a Espanha, reforçam, de um modo ou de outro, a importância do espírito de equipe. Algo que ficou mais claro do que nunca quando Marcelo Melo, ao fim da coletiva deste sábado, pediu o microfone para sair em defesa de Rogerinho – e de sua convocação. Segue abaixo, na íntegra, a declaração do duplista número 1 do Brasil:

"Gostaria só de salientar um negocinho (risos). Muito se falou do Rogerinho. Ontem, nós fomos embora (do Ibirapuera) depois do segundo set do Thomaz porque nós jogaríamos hoje e não daria para ficar até o fim. E o que é o espírito de equipe de Copa Davis? Eu pude ver pela televisão… O Rogerinho não fez um belo jogo, mas o que ele fez no banco não é qualquer jogador que faz. Ele estava lá apoiando o Thomaz, levantava os dois braços, subia na cadeira… Isso mostra o que é espírito de equipe de Copa Davis. Cada jogador tem a sua influência, e esse é um dos motivos (pelos quais) também ele está nesta equipe. Eu acho importante frisar. Muito se bombardeou ele. Muito que ele fez ontem no banco… Muitos jogadores iriam se retrair no vestiário ou lamentar. Ele foi lá, ergueu o braço várias vezes apoiando o Thomaz, mostrando o que é espírito de equipe. Acho que vale a pena salientar isso, mostrando que nossa equipe está unida."

Depois da derrota para Roberto Bautista Agut na sexta-feira, especialmente pelo modo como a partida se desenrolou, é importante que o time levante os ânimos de Rogerinho, escalado para o quinto jogo. É bem verdade que o Brasil tem mais chances de fechar o confronto com Thomaz Bellucci, mas não será nada espantoso se Bautista Agut, número 15 do mundo, levar a melhor e mantiver a Espanha viva. Se isto acontecer, Rogerinho faz a partida decisiva contra Pablo Andújar, que saiu de esgotado depois de passar 4h em quadra na sexta-feira. Se conseguir mostrar o tênis que não apareceu no início do confronto, Rogerinho tem, sim, chances. Por isso, é perfeita a postura de Marcelo Melo.

Coisas que eu acho que acho:

– Não conversei com Marcelo após a coletiva, mas é possível interpretar o discurso do mineiro como uma pista de um dos motivos pelos quais o capitão João Zwetsch deixou João Souza, o Feijão, fora do time. Porém, como Zwetsch jamais citou fatores extraquadra para justificar sua escalação, muita coisa segue no reino da especulação. Pode ser que uma hora, mais tarde, algo a mais venha à tona.

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Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.


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