Não foi o melhor dos dias para Francesca Schiavone. Por 6/4 e 6/4, foi eliminada do Rio Open na estreia pela espanhola Lourdes Domínguez Lino. Foi também seu oitavo revés consecutivo no circuito mundial, e a vitória mais recente veio em outubro do ano passado. O momento é duro, e o abatimento da italiana era evidente na entrevista coletiva.

Schiavone respondeu as perguntas quase sussurrando, em ritmo lento, falando sobre dor, falta de confiança, tristeza. O único momento em que a italiana pareceu aquela tenista brigadora que conquistou Roland Garros em 2010 foi quando um dos jornalistas perguntou se ela estava pensando em parar de jogar. O diálogo foi assim:

Schiavone: Você acompanha tênis?

Repórter: Sim.

Schiavone: Estou vendo. Não é fácil, mas se eu decidi estar aqui, tão longe de casa, investindo meu tempo, minha vida… Estar aqui, neste torneio, significa que eu quero. Eu queria e ainda quero. Encontrar um equilíbrio, descobrir como vencer e obter satisfação. Estou indo para cima e para baixo. Às vezes, você vai para baixo, mas é assim que se chega no topo. Meu desejo é chegar lá.

A italiana também falou sobre o momento difícil que vive no circuito:

"Estou vindo de um momento difícil. São seis primeiras rodadas em seguida (em 2014), isso pesa muito. No tênis, se você não tem consistência, é muito difícil. Agora, com certeza, falta confiança. Tive uma lesão no inverno, mas quando você está aqui, você quer competir e está pronto para tentar vencer qualquer partida. Estou triste. Eu gosto daqui. Ter uma boa chance de vencer e não aproveitar é sempre algo que te machuca, mas é o tênis."