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Data incerta para o Brasil Open em 2015

Alexandre Cossenza

10/02/2014 13h52

A ATP divulgou, nesta segunda-feira, seu calendário para 2015. A grande novidade para a entidade é o aumento da temporada de grama e do consequente intervalo entre Roland Garros e Wimbledon. A partir do ano que vem, serão três semanas – uma a mais – entre os Grand Slams do saibro e da grama. Para o Brasil, no entanto, há um outro ponto que merece atenção especial. Ainda não foi definida uma data para o Brasil Open, torneio organizado em São Paulo.

Não, não há risco de o evento ficar fora do calendário. A dúvida é apenas saber qual será data, já que a ATP lista São Paulo e Buenos Aires como "TBD", ou "a ser determinado". Um dos torneios será na semana de 9 de fevereiro, exatamente a data do evento argentino este ano. O outro começará a partir de 23 de fevereiro, período que em 2014 é de São Paulo. É de se imaginar uma briga nos bastidores, já que a posição do dia 23 é uma das piores de toda a temporada. Na mesma semana, são disputados dois ATPs 500: Acapulco e Dubai, ambos em quadra dura.

ATP World Tour Calendar 2015

O Rio Open, torneio ATP 500 da IMX realizado na Cidade Maravilhosa, não sofre alterações. Está confirmado na semana do dia 16 de fevereiro. No mesmo período, há dois ATPs 250: Marselha e Delray Beach. É um bom lugar para o Rio de Janeiro. E vale lembrar que foi a entrada do evento carioca no calendário sul-americano que empurrou São Paulo para a data ruim que ocupa agora.

E a Copa Davis?

Outra dúvida levantada pelo calendário 2015 da ATP diz respeito aos períodos de disputa do Grupo Mundial da Copa Davis, que exige quatro datas. O dilema é que os únicos períodos livres são: 2 de março (imediatamente antes de Indian Wells), 14 de setembro (na primeira semana pós-US Open), 9 de novembro (entre o Masters de Paris e o ATP Finals) e 23 de novembro (pós-Finals).

Enquanto a ITF não se pronunciar, a impressão que fica é que semifinal e final serão 9 e 23 de novembro. Não mudaria a decisão, que é costumeiramente depois do ATP Finals, mas realizar uma semifinal-sanduíche entre Paris e Londres não me parece – nem de longe – a opção ideal.

Sem ir na toalha (para ler em até 20 segundos):

– Na última semana, o Brasil Open anunciou algumas novidades importantes. Depois do fiasco de 2013, com bolas ruins, saibro ruim, ginásios quentes e mais gente do que assentos no Ibirapuera, o torneio tenta mostrar que os erros não se repetirão. As bolas, por exemplo, serão as mesmas do Australian Open. Paulo Pereira também prometeu que a construção das quadras será meticulosamente acompanhada pela direção do torneio.

– A novidade mais interessante é a construção de um miniestádio com capacidade para 700 pessoas. Ou seja, o precário Mauro Pinheiro será aposentado e você não poderá mais fotografar o pitoresco balde amarrado no teto. O miniestádio será climatizado e, se não dá para fazer o mesmo com o Ibirapuera, a Koch Tavares promete um sistema que diminuirá a sensação térmica em até 5 graus em relação à área externa. Trocando em miúdos: se fizer 40 graus em São Paulo, o público do Brasil Open sentirá apenas 35.

– O comunicado do Brasil Open também afirma que "os ingressos, que já estão à venda, são numerados para evitar transtornos no Ginásio do Ibirapuera". Sabemos que assentos marcados não são sinônimo de solução (basta que haja um erro de impressão ou alguém falsificando bilhetes para que tenhamos duas pessoas brigando pelo mesmo lugar), mas já é um começo. Mostra, como as outras medidas, que o torneio quer acertar.

– Faltam duas semanas para o Brasil Open, e ainda não há anúncio de um patrocinador máster para o torneio. Notem que a imagem do miniestádio, que reproduzo no alto do post, divulgada pelo torneio, não traz marcas.

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Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.


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