Topo

Saque e Voleio

Seis mulheres brigam pela ponta do ranking em Roland Garros

Alexandre Cossenza

24/05/2018 07h00

Enquanto no circuito masculino, a liderança do ranking ficará com Rafael Nadal ou Roger Federer depois de Roland Garros, o circuito feminino vê uma disputa muito mais interessante: seis mulheres estão na briga e podem sair de Paris no posto de número 1 do mundo. Além da atual líder, a romena Simona Halep, a disputa inclui Caroline Wozniacki, Garbiñe Muguruza, Elina Svitolina, Caroline Garcia e Karolina Pliskova.

Atual vice-campeã de Roland Garros, Simona Halep pelo menos depende só de si mesma para continuar na liderança da lista da WTA. Para isso, porém, ela vai precisar levantar o troféu em Paris – e não custa lembrar que ela já foi vice-campeã do torneio duas vezes e nunca venceu um slam. Se, por acaso, cair antes da semi, vai dar adeus ao topo.

A número 2 do mundo, Caroline Wozniacki, tem uma chance interessante de ultrapassar Halep em Paris. Como só alcançou as quartas no ano passado, a dinamarquesa, atual campeã do Australian Open, pode até voltar ao posto de número 1 do mundo se perder na primeira rodada. Basta que Halep e Muguruza caiam antes da semi e que Svitolina, Garcia ou Pliskova não conquiste o título. Todas as possibilidades estão no gráfico abaixo.

Atual #3, Garbiñe Muguruza precisa chegar pelo menos às semifinais para alcançar a liderança do ranking, mas se Wozniacki vencer seu jogo de estreia, a espanhola precisará alcançar a final. De qualquer modo, Muguruza não depende só de si mesma para ser #1 (antes de ver o sorteio). Mesmo que conquiste o título, ela só chegará ao topo se Wozniacki não for a outra finalista.

Para Elina Svitolina (#4), Karolina Pliskova (#6) e Caroline Garcia (#7), a matemática é um pouco mais simples: as três precisam ser campeãs em Roland Garros para terem chance de saírem com o número 1. E, mesmo com o troféu nas mãos, qualquer uma das três precisará torcer para que algumas rivais fiquem pelo caminho.

Se alguém aí sentiu falta da #5 na disputa, a explicação é simples: o posto é ocupado atualmente pela letã Jelena Ostapenko, que conquistou o título de Roland Garros no ano passado. Ela precisa repetir a campanha para manter seus pontos e, mesmo assim, eles não seriam suficientes para colocá-la como número 1 nem se todas as rivais perdessem na primeira rodada.

Coisas que eu acho que acho:

– As chaves de Roland Garros serão sorteadas nesta quinta-feira, a partir das 14h de Brasília. Aí, sim, ficarão ainda mais claros os cenários para cada moça.

– Se você sofreu com o app e o site do Australian Open este ano, prepare-se: Roland Garros vai ser pior. O site está incompleto, cheio de falhas e até traduções bizarras do francês para o inglês. Não sei o motivo do rompimento dos slams com a IBM, que mantinha os sites dos quatro torneios até o ano passado, mas uma coisa é certa: vai ser um ano duro para quem acompanha os slams pela internet…

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.