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Rogerinho: muita gente no Brasil chora, mas não paga o preço

Alexandre Cossenza

23/11/2017 07h00

Se o tênis profissional brasileiro tem uma autoridade em "pagar o preço", essa pessoa atende pelo nome de Rogério Dutra Silva. Rogerinho fez um pouco de tudo para financiar os primeiros anos de sua carreira e deu outra lição quando, já com mais de 30 anos e fora do grupo dos 500 melhores do ranking, levantou-se e alcançou a melhor posição da carreira este ano: o 63º lugar na lista da ATP.

Por isso, concordando ou não, todo mundo deveria prestar atenção no que Rogerinho diz quando fala do cenário do tênis no país: muita gente chorando, sem correr atrás, centro de treinamento inexistente, ex-tenistas nada envolvidos no desenvolvimento de atletas e pouca troca de informações.

Rogerinho e eu conversamos na última terça-feira, no Challenger do Rio de Janeiro, onde o paulista, atual #101 do mundo, faz o último torneio da temporada. O papo não foi só sobre tênis brasileiro. Rogerinho fala sobre seu 2017 cheio de lições e momentos marcantes, como a vitória sobre Youzhny em Roland Garros, a não-ida à Copa Davis, os triunfos em quadra indoor e o melhor ranking da carreira.

O atual #1 do Brasil falou ainda sobre a mágoa de ser visto como "tenista de saibro", de quanto o circuito se profissionalizou nos últimos dez anos e de como corre atrás de cada detalhe para ser ainda melhor aos 33 anos – e isso inclui analisar vídeos de cada adversário. Role a página e curta o papo na íntegra.

Você começou a temporada como #98 e está #101 agora. Olhando o ranking, dá a impressão de que você não saiu do lugar, mas não é bem assim, né? Você chegou a #63 em um momento. Foi uma temporada mais legal para você do que este ranking de agora indica, né?

É engraçado, né? Não sendo mala nem nada, mas fica um gosto um pouquinho amargo porque eu acho que tive uma temporada bem boa, ganhei em lugares que eu não havia ganhado jogo ainda, ganhei jogo indoor, em quadra rápida, em condições que para mim há um tempo atrás eram consideradas "injogáveis". Eu venho melhorando ao longo dos anos, mas também fico muito feliz porque digamos que foi o primeiro ano em que eu consegui jogar mais consistente em nível ATP. Queira ou não queira, isso te coloca em pegadinhas de calendário, disso, daquilo. É uma coisa que você tem que vivenciar e tem que passar por isso. Então foi um ano – está sendo um ano, né? Não posso falar (no passado) porque estou jogando ainda, aqui é minha última semana, mas está sendo um ano de muita aprendizagem.

Isso é uma coisa que eu já escrevi algumas vezes e não sei o quanto as pessoas percebem vindo de você, mas toda vez que alguém fala "o Rogerinho é um cara do saibro", eu sinto que isso te incomoda.

Me incomoda porque…

(interrompendo) Você tem título de Challenger em quadra dura, tem vitória em slam na quadra dura…

Isso me incomoda um pouco também porque acho que é olhar o Rogerinho de dez anos atrás. Se você falar do Rogerinho de dez anos atrás, eu vou concordar. Só que se você olhar os scores e fizer um levantamento, eu tenho uma média boa de quadra dura e venho jogando bem em quadra dura. Então isso às vezes me incomoda um pouco, sim. Lá atrás, pode ser. Agora… Se você olhar e colocar os dados mesmo, acho que não é tão verdade.

E a gente teve uma conversa parecida em 2011, seis anos atrás – nossa, já tem isso tudo? – quando você ganhou o Challenger de Campos do Jordão (em quadra dura e na altitude), perdeu na última do quali no US Open, acabou entrando de lucky loser e ganhou jogo na chave. Quer dizer, não é algo que começou ontem…

Eu já falei algumas vezes. Três vezes fiz segunda rodada do US Open. Na Austrália eu ganhei jogo, então agora nos indoors faltou engatar um pouquinho, mas ganhei jogo em São Petersburgo, ganhei jogo em Moscou também… Na China, deixou a desejar um pouco. Na verdade, me incomoda porque é aquela coisa de antigamente ainda. Não é uma coisa mais atualizada.

Eu ia perguntar isso mais para a frente, mas como você citou o Rogerinho de dez anos atrás, como você vê o circuito hoje em comparação com 2007?

Em relação a quê?

Tudo. Estilo de jogo, preparação física, velocidade de quadra, bola… É um mundo muito diferente?

Acho que ficou muito mais profissional. O nível está muito mais perto. Para quem não conhece tanto de tênis e diz "como esse cara perdeu para aquele outro?" Cara, hoje se você está um pouco abaixo ou não está humilde, o pessoal vem e passa por cima de você. Acho que tudo ficou muito mais profissional. Eu já falei isso mais ou menos para você. O pessoal está muito mais ligado em termos de alimentação, em termos de preparação física, de calendário, em termos de pontos… Está todo mundo ligado nesse negócio da informação muito rápida na internet. E quem está demorando um pouco a tomar algumas decisões está ficando para trás.

Deixando o tornozelo zero bala e fazendo aquele check up com o mestre @fabiosperling …valeuuuu @sportsclinic 👊🏻👊🏻

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Você falou da internet… É uma coisa que a sua geração não tinha quando começou. Quer dizer, tinha internet, WiFi e tal, mas não tinha smartphone. Você não ficava o tempo todo conectado, lendo ou sabendo o que o outro está tweetando… Nem os placares da ATP. O aplicativo deles é de 2010.

É, hoje a gente estuda muito por vídeo. Se eu vou jogar com o Cossenza, eu vou olhar o que ele faz de importante, onde ele saca nas horas importantes. "Ah, ele tem uma porcentagem um pouco mais para esse lado aqui nessa hora", então é como eu te falei. Está todo mundo estudando o tempo inteiro o que você está fazendo, como está jogando, o que está treinando… Então se você baixou um pouquinho…

Isso você e seu técnico fazem por conta própria ou a ATP dá alguma informação a que nós da imprensa não temos acesso?

Não, isso a minha equipe faz bastante para mim. Meu técnico faz isso, meu preparador físico faz uma parte de olhar a parte física de outros jogadores – através de vídeos de jogos também – e vê se um cara está mais lento um pouco desse ou daquele lado. Em cima disso, a gente tem, digamos, uma preleção, e aí a gente decide por onde a gente vai jogar.

Você está mais forte ou é a camisa vermelha que dá a impressão de que você aumentou no bíceps?

(Risos). Não sei, cara. Eu venho trabalhando bastante. Graças a deus, com o ranking que tive este ano, estou conseguindo investir mais na minha equipe. Estou viajando mais com técnico. Em muitas semanas estou viajando com o preparador físico também, isso te deixa num nível mais alto.

Faz uma diferença enorme, né? A partir do momento que você cruza a barreira do top 100, se você consegue jogar os quatro slams, são quase US$ 200 mil só de primeira rodada. Então a diferença do #103 para o #105, financeiramente falando, pode ser enorme ao longo de uma temporada.

É muito diferente. E aí te muda muito. Porque é semana de técnico, porcentagem, semana de preparador físico… São as passagens aéreas, que são muito caras, as mudanças… Eu tenho ido muito a Buenos Aires para treinar, então é um gasto extra também… E tudo isso tem que sair de algum lado. Ainda não tenho um patrocinador forte, então é como você falou. Até por isso, quis jogar no Rio também. Para ver se consigo jogar bem esta semana. Tenho grande chances de entrar (no Australian Open) mesmo se não jogar bem esta semana aqui, mas se eu conseguir terminar nos #100 eu corro menos risco, consigo organizar melhor o calendário do começo do ano, então isso, para mim, seria muito importante.

Você teve algumas vitórias em bacanas nesta temporada, como a da Austrália (6/4 no quinto set contra Jared Donaldson) e a de Roland Garros (6/2 no quinto set contra Mikhail Youzhny, voltando de lesão). Minha preferida foi a de Paris. Qual o seu momento preferido?

Teve alguns, cara. Foi um ano de muita descoberta. Eu nunca tinha ganhado na Austrália uma rodada, em Roland Garros foi muito bacana porque eu vinha de uma lesão, joga, não joga, uma novela. Testa isso, testa aquilo, não treina, salva match point, ganha, então foi uma coisa que foi uma satisfação muito bacana. E também teve a parte dos torneios indoor, que é uma coisa que você não está habituado como é o dia a dia. O André Sá me deu vários toques. "É assim, assado, tenta fazer isso…" Teve vários momentos muito bacanas porque foram vários momentos de descoberta. Acho que o ano inteiro foi legal. Não há uma parte do ano que eu falaria que foi a melhor.

E teve uma parte pior?

Acho que a China foi bem complicada para mim (Rogerinho perdeu na primeira rodada em Shenzhen e na segunda rodada do quali em Pequim). Foi muito complicada. Foi a primeira vez que eu fiz, e o fuso horário me pegou muito forte, a alimentação me pegou muito forte. Eu não conseguia dormir, fiquei doente e foi uma coisa bem complicada. Eu não estava nem 70% do que eu poderia jogar.

O quanto te chateou ficar fora da Copa Davis? (Rogerinho dispensou uma convocação de emergência depois de ter sido preterido pelo capitão João Zwetsch na primeira formação da equipe – leia mais aqui)

O "ficar fora da Copa Davis", pra mim, nunca foi o problema.

O processo é que te incomodou?

Acho que o processo é que me incomodou um pouco. Não foi tão legal.

Você chegou a ver ou ler sobre o confronto?

Cheguei a ler. Não vi jogo, mas sim, fiquei sabendo do que aconteceu. Infelizmente, é ruim quando o Brasil perde. Eu torço sempre para ganhar, então não é legal, né?

Até uns cinco, seis anos atrás, o normal era olhar para um atleta, ver 30, 32 anos e imaginar que ele está na reta final da carreira. Hoje, não é tão assim. Tem mais gente jogando até 37, 38… Como está na sua cabeça esse momento?

Eu, na verdade, não penso nisso. Estou com 33 e acho que este foi o meu melhor ano na ATP. Melhor ranking, descobertas, então não penso muito nisso. Estou no dia a dia, tentando ficar melhor, mais forte, tentando melhorar as coisas que a gente acha que tem que melhorar… Acho que tenho uma média de dois, três anos, quem sabe até quatro para jogar. Se vai dar, aí vai ser com o decorrer…

Dizem que cachorro velho não aprende truque novo, mas o que você acha que evoluiu este ano e o que você acha que ainda dá para evoluir?

Acho que estou ficando cada vez mais versátil. Estou conseguindo jogar mais em lugares rápidos, quadra dura. Fiz uma partida dura com o Paire em Wimbledon (o francês venceu em quatro sets), que é um lugar complicado para os brasileiros jogarem… Dupla eu venho jogando legal também. Fizemos quartas em Paris e por pouquinho não fizemos quartas no US Open de novo… E para melhorar? Acho que tem várias coisas. Estou aprendendo cada vez mais que este nível que entrei este ano, se eu quiser estar lá, tenho que estar mais maduro ainda, mais competitivo, mais forte… Acho que são várias coisas para melhorar para te dar, no caso, essa folga que faz a diferença entre estar #60 e estar #100.

Nenhum aspecto técnico específico? Nem saque, nem direita, esquerda…

Acho que isso aí é um pacote completo. É mais a constância em si e não um golpe, uma coisa técnica. Óbvio que você tem que melhorar um pouco a devolução, um pouco o saque, mas acaba sendo melhorar um pouquinho o todo. Mas isso tudo é melhorar um pouco a constância.

Não ter dias ruins, né?

Exatamente. Esses caras conseguem jogar por mais tempo em nível maior. Eu ainda às vezes jogava um set… O meu jogo com o Bautista Agut, por exemplo (o espanhol venceu por 6/0 no terceiro set): eu joguei um segundo set incrível (venceu por 6/4). Incrível! E depois caiu muito e acabei perdendo por 6/0. Você fala "eu fiz um jogo bom", mas eu baixei isso aqui (mostra um espaço mínimo entre os dedos). Contra um cara que está 13, 15 do mundo, 2% que eu baixei, ele passou por cima. São essas coisinhas que ainda estão fazendo essa diferença para mim, para eu estar num ranking um pouco melhor, mais ali dentro.

Eu sempre gosto de lembrar desse caso… Ter passado por aquela lesão no pé que te tirou dos 500 e que, dois anos depois, você era 63 do mundo… Que lição que hoje você tira desse período?

Cara, eu acho que… Eu acho que a gente, quando tem um objetivo, tem que colocar a cabeça no que quer e tem que pagar o preço pelo que quer. Quando eu voltei, eu decidi que se eu voltasse e deixasse minha família em casa, minha mulher e minha filha em casa, eu teria que fazer tudo que fosse…

Sua filha estava com seis meses?

Seis meses. Então eu coloquei na cabeça que eu ia abrir mão de muita coisa. Eu peguei minhas coisas, fui para a Argentina e comecei um processo que era viajar com técnico, viajar com preparador físico… Fiz um investimento muito alto para isso e parou aquela coisa de chorar, né? (risos) Acho que hoje em dia, muita gente chora que não tem isso, não tem aquilo, só que não busca também. Isso, para mim, foi o mais importante. Quando eu sentei com a minha equipe e falei o que eu queria, e eu fui bem sincero no que eu queria e estava proposto a fazer, eles ficaram até um pouco assustados (risos)… Mas eu acho que foi isso, essa perseverança, esse negócio de estar com uma idade alta e deixar a família em casa, ter que ir para outro lugar para treinar, outra comida, outra cultura, entendeu? No primeiro ano, fiquei três meses na Europa direto. No segundo ano, fiquei dois meses e pouco na Europa. Acho que foi esse pensamento de sair, digamos, da zona de conforto.

Você está falando isso e eu estou lembrando de uma entrevista que você deu pro João (Victor Araripe), que foi bastante compartilhada, em que você conta o quanto ralou lá atrás, a história das lasanhas congeladas (risos de ambos) e tal… Isso era uma coisa que você precisava passar para chegar nos 30 anos e dizer "eu posso"?

Não sei se eu precisaria passar. Eu preferiria não ter passado (risos de ambos). As condições foram assim, eu não tinha saída. Tive que dar aula em clube na Alemanha, joguei um monte de Interclubes, joguei torneio por dinheiro, lasanha, treinava com cara para me pagar pela semana de treino… Tive que fazer muita coisa que, óbvio, preferiria não ter passado por isso. Mas foi a maneira que eu tive de financiar a carreira no momento. Eu acreditava. Às vezes, eu pensava que estava um pouco louco (risos). Acho que eu estava um pouco louco mesmo (mais risos). Entendeu? Mas isso me deu uma bagagem muito grande e depois eu consegui transferir na quadra bem legal, com intensidade, em não desistir, lutando em momentos ruins… Isso me deu uma energia extra até mental muito grande.

Você disse que muita gente chora e não vai atrás. Eu fiz uma entrevista com o Meligeni há pouco tempo em que ele diz que muita gente no Brasil não quer pagar o preço. É isso? Não não precisa citar nomes, mas você vê o cenário dessa maneira também?

Concordo muito com o Fino. Óbvio que as coisas estão muito difíceis. Temos poucos torneios, não temos centro de treinamento, que é uma coisa que eu sempre defendi e sempre gostaria de ter. Outra coisa que eu acho é que não temos ex-tenistas involucrados. É uma coisa que eu gostaria muito. O Fino estar involucrado, o Saretta estar involucrado, Jaime Oncins estar involucrado… Porque eu tive isso quando era jovem. Por mais que eu não tenha jogado não sei o quê, eu treinava com esses caras, eu estava no dia a dia com esses caras. Isso me fez muita diferença. Eu via o que o Fino fazia, o que ele treinava, o que ele comia, o que ele estava falando. Num momento de adversidade, o que ele fazia, como ele reagia. Eu estava no momento do Saretta quando ele estava #40 e quando ele estava #110. Quando ele estava treinando oito horas por dia porque estava #100 e foi #40 do mundo. E hoje em dia eu sinto que o pessoal não tem isso. Faz uma falta muito grande, entendeu?

Você tem um técnico argentino (Andres Schneiter). É essencial? Você recomenda para quem pode financeiramente ter um técnico estrangeiro?

Não, não é essencial. Cada um tem que buscar o que funciona. Não tem uma fórmula no tênis. Cada um é um. Acho só que os argentinos, hoje em dia, estão com uma cabeça, digamos, de chorar menos. Os que estão jogando.

Eu tenho a impressão que sempre foi assim, pelo menos desde que eu cubro tênis. Não é tanto tempo assim – são 12 anos – mas…

É que geograficamente eles têm mais facilidades que a gente. Buenos Aires é assim (pequena). Todo mundo vai para lá. Você pega um carro e em cinco minutos você está num clube. Em dez, você está em outro clube. Você treina com todo mundo. No Brasil, é mais difícil de fazer isso porque um é no norte, o outro é no sul, então é mais difícil.

Mas você sente eles (argentinos) mais unidos também?

Acho que eles se toleram (risos de ambos). Existem rivalidades, existem afinidades, mas eles se toleram, e acho que vai para o caminho do ganho. No Brasil, é um pouco mais complicado. É um país muito grande e sim, o pessoal teria que estar um pouco mais unido. Não estou falando que não estamos unidos. Quero deixar bem claro que não é que não esteja unido, mas tinha que ter uma troca maior entre os jogadores. Falo na parte de treinar, na parte de convivência, de se juntar mais… Teria que ter um pouco mais isso. Hoje em dia, está cada um no seu canto, fazendo o seu. No meu ponto de vista, não é o ideal. Ninguém precisa ser amigo de ninguém, ninguém precisa ser xará de ninguém, mas pode ter uma troca maior.

Você está à vontade nos ATPs?

O que seria à vontade?

Os tenistas dizem que quando eles mudam de nível – e isso pode ser de Future pra Challenger ou para ATP – que existe um período de adaptação, tanto de ambiente, porque você de repente passa a estar com um grupo diferente de jogadores, quanto de nível técnico mesmo. Tem a dificuldade de conseguir parceiro de treino e tem a dificuldade de, de repente, se sentir intimidado com aqueles jogadores ali. São coisas pequenas, mas se o cara não está tão à vontade, isso acaba tendo um peso maior ou menor quando ele vai para a quadra.

Vou te falar que esse também foi um ponto de aprendizagem deste ano que foi muito bom também. Muitos caras com quem eu nunca tinha treinado, fiz amizades novas também. E uns amigos que estavam em outro nível e agora eu cheguei no nível deles – no caso, o (Paolo) Lorenzi, que é um cara que é amigão meu há muito tempo. Isso também foi um aprendizado, mas no final do ano eu já estava muito mais ambientado. Nunca liguei muito para essas coisas. Tem gente que sente um pouco mais. Eu sou um pouco mais tranquilo. Faço o meu e não ligo muito para isso, mas é óbvio, você sempre quer treinar com um cara melhor, estar perto de pessoas que estão se destacando, vendo o que aquela pessoa está fazendo, o que é bom, não é bom, estar trocando informações… Isso foi aos poucos também. Você ganha um jogo, aí a galera já te vê com outros olhos (risos), já te dá mais abertura… Você vai pegando no dia a dia.

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.