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Saque e Voleio

A separação de Soares, o "não" de Marcelo e o convite de Jamie

Alexandre Cossenza

21/10/2015 00h59

A notícia chegou via Aliny Calejon. Bruno Soares não jogará com Alexander Peya em 2016. Depois de uma temporada com resultados aquém do esperado, o mineiro decidiu mudar. Avisou o parceiro que queria algo diferente em 2016 e foi em busca de um novo companheiro (foto acima por Getty Images).

Primeiro, entrou em contato com o conterrâneo Marcelo Melo – bastante consciente da possibilidade de ouvir um "não" de alguém que venceu um Grand Slam ao lado de Ivan Dodig em 2015. Mesmo com as Olimpíadas por perto, é difícil mexer no time que vem dando certo.

Sabe aquele roteiro de filme adolescente americano em que o garotão convida a menina para o baile e, no mesmo dia, é convidado por uma gata diferente? Pois é.
No mesmo dia em que fez a proposta para Marcelo, Bruno recebeu de Jamie Murray, vice-campeão de Wimbledon e do US Open em 2015, um convite para formar uma parceria em 2016.

Bruno disse a Jamie que ainda esperava uma resposta do atual número 3 do mundo. Jamie topou aguardar alguns dias. Marcelo, então, disse não, e Bruno fechou o time com o irmão de Andy Murray. Os dois começam a jogar juntos já em janeiro do ano que vem.

Ouça abaixo a explicação de Bruno Soares.


Coisas que eu acho que acho:

– Primeiro, tiremos do caminho a questão de sempre. Toda vez que escrevo sobre um dos dois, alguém pergunta por que Bruno e Marcelo não jogam mais juntos. Os mineiros fizeram duas temporadas inteiras juntos até Bruno quis tentar algo diferente. A mudança, como o tempo continua provando, foi boa para ambos. E não atrapalhou em nada os resultados na Copa Davis nem em Londres 2012. Não deve ser diferente nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

– Não conversei com Marcelo, mas deve ter sido uma decisão difícil de tomar – especialmente com Ivan Dodig em um momento difícil, vivendo o dilema de querer recuperar seu ranking de simples e conciliar isso com uma temporada vencedora nas duplas. Não é fácil montar um calendário assim. De todo modo, é perfeitamente compreensível – como disse Bruno – que o atual duplista #3 do mundo queira continuar com seu atual parceiro.

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.