Incontestável
O lance aconteceu mais ou menos no meio do segundo set, quando Serena Williams já possuía um set e uma quebra de vantagem. O ponto foi longo, mas a americana mal saiu do meio da quadra. Sem fazer muita força, fez Caroline Wozniacki correr da direita para a esquerda e para a direita de novo em uma sequência estupenda. O ponto, que durou mais de 20 rebatidas, foi vencido por Serena. E, olhando seus golpes um por um, ninguém vai rever a jogada e apontar um forehand ou backhand fantástico. Sim, Serena Williams é assim, tão superior às suas contemporâneas de WTA.
Tão superior que o placar da final, um rotineiro 6/3 e 6/3, foi o que deu mais trabalho à número 1 do mundo. Do início do torneio até a final, Serena jamais perdeu quatro ou mais games em um set. O máximo que permitiu foram outros dois duplos 6/3: contra Varvara Lepchenko, na terceira rodada, e conta Kaia Kanep, logo na fase seguinte. E nada mais do que isto.
Serena Williams chega aos 18 títulos de Grand Slam tão soberana quanto há anos atrás. Talvez mais dominante ainda. Com Victoria Azarenka tentando encontrar um bom tênis, Na Li ausente, Petra Kvitova e Maria Sharapova fazendo compras e sendo inconsistentes, a atual líder do ranking é favorita em todos torneios que disputará. O "padrão" parece estar muito mais perto do US Open, onde não perdeu um set, do que as campanhas de Serena nos outros Grand Slams de 2014.
Hoje, é mais fácil e interessante como exercício imaginar onde Serena estaria no ranking de melhores tenistas de todos os tempos. Não acho que faça diferença. É difícil e quase sempre injusto comparar atletas de gerações distintas. Outros adversários, outra tecnologia, outros pisos. Não dá mesmo para colocar Suzanne Lenglen, Steffi Graf, Chris Evert e Serena na mesma página. O que parece fácil, por enquanto, é afirmar que a americana é a melhor tenista do mundo. E de sua geração inteira. E da geração atual. E, possivelmente, da próxima geração. E quem ousa dizer que não?
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