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Aos 34, dominicano vence pela primeira vez

Alexandre Cossenza

27/08/2014 06h15

Victor Estrella Burgos entrou para o tênis profissional há 12 anos, em 2002. Desde então, passou a maior parte da carreira oscilando entre os postos de número 200 e 300 do ranking mundial – uma zona onde se manter financeira e mentalmente é um tanto difícil. O dominicano, porém, insistiu até que foi recompensado. Em março deste ano, finalmente alcançou o top 100.

Com 12 anos de carreira, pôde enfim disputar Roland Garros e Wimbledon. Nesta terça, No US Open, Estrella Burgos deu um passo a mais: bateu o holandês Igor Sijsling por 2/6, 6/4, 6/3 e 6/2 e venceu uma partida de Grand Slam pela primeira vez na vida. Na sequência, deu uma entrevista coletiva e postou a imagem no Twitter. No dia anterior, já havia agradecido à equipe da ESPN por entrevistá-lo. Um caso raro e belo. Belíssimo.

Os US$ 60 mil conquistados com a vaga na segunda rodada do US Open já são o maior prêmio da carreira de Estrella Burgos. E o sonho não acabou. Mais um triunfo lhe renderia um lugar entre os 70 primeiros do ranking, além de US$ 105 mil no bolso. Ironia do destino ou mera coincidência, o dominicano, 80º do ranking, vai enfrentar na sequência o croata Borna Coric, que tem a metade de sua idade: 17 anos. Atual campeão juvenil do US Open e ex-número 1 do mundo em sua faixa etária, o garotão derrubou Lukas Rosol por 6/4, 6/1 e 6/2 nesta terça. Atual 204º na lista da ATP, Coric entrou no torneio via qualifying, já garantiu seu ingresso no top 200 e, se avançar à terceira fase, se aproximará do 150º posto.

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.