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Saque e Voleio

Quem é quem em Montreal

Alexandre Cossenza

04/08/2014 06h15

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Enquanto o circuito dos homens está em Toronto, as mulheres estarão em Montreal, em um torneio da série Premier 5, que dá 900 pontos à campeã. Na WTA, o cenário é um pouco diferente, já que Stanford teve uma chave forte, com algumas das melhores tenistas em quadra. Serena Williams, a campeã, precisou derrubar Ana Ivanovic e Angelique Kerber. Agnieszka Radwanska e Victoria Azarenka também estiveram por lá, embora tenham sido eliminadas em seus jogos de estreia. O mesmo vale para Samantha Stosur e Dominika Cibulkova. Toda essa turma volta às quadras em Montreal, claro.

Serena, ainda número 1 com folga e campeã de quatro torneios este ano, busca afiar os golpes e, quem sabe, reduzir a inconstância que vem marcando sua temporada. E, quando o assunto é Serena, não há nada de paradoxal em apontar que a moça venceu quatro torneios e faz uma temporada irregular. Com ela e por causa dela, o nível de exigência fica lá no alto. Chegar ao US Open sem ter passado passar das oitavas de final nos outros três Grand Slams é algo incomum. Stanford também não foi a mais espetacular de suas campanhas. Montreal talvez seja mais um passo para aproximá-la do terceiro título seguido em Nova York.

Já que o torneio não tem a lesionada Na Li – que ficará fora até do US Open – e a romena Simona Halep, que optou por não jogar, a cabeça de chave 2 será Petra Kvitova, que não joga desde que conquistou Wimbledon. Não querendo comparar (nem zicar a moça), vale lembrar, a título de curiosidade, que em 2011, quando venceu na grama do All England Club pela primeira vez, a tcheca somou apenas duas vitórias no trio Toronto-Cincinnati-US Open. É de se imaginar que hoje, mais experiente, Kvitova lidará melhor com a situação.

> on July 31, 2014 in Stanford, California.

Sharapova vem de um mês de inatividade, e o mesmo vale para Eugenie Bouchard, vice-campeã em Wimbledon, e Jelena Jankovic, que não vence desde a terceira rodada de Roland Garros (são três derrotas seguidas). Kerber fez um bom torneio em Stanford, embora tenha enfrentado adversárias não tão perigosas (Vandeweghe, Muguruza e Lepchenko) antes da final.

Radwanska e Azarenka precisam de ritmo. Pouco, muito, o que seja. A polonesa perdeu três de seus últimos seis jogos, incluindo a estreia em Stanford, diante de Varvara Lepchenko. Vika é um caso à parte. Lesionou-se na Austrália, voltou antes de hora em Indian Wells e, mais tarde, não encontrou seu jogo. Somando Eastbourne, Wimbledon e Stanford, venceu só uma partidinha. A apresentação mais recente, no torneio californiano, foi repleta de erros não forçados. Mais de 30. Mais do que reduzir o número de falhas, a bielorrussa carece de tempo em quadra para rehabituar-se com as decisões rápidas e a pressão de jogar os 30/40 e os "iguais" da vida. A derrota diante de Venus deixou isso nítido.

Deixo aqui os links para programação diária e para a chave de simples. Os direitos de transmissão são do Bandsports, que costuma exibir pelo menos as semifinais e a decisão. Ainda não há informações, contudo, no site do canal.

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.