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Federer, o que mais “ralou”

Alexandre Cossenza

26/03/2014 07h00

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Entre os oito primeiros do ranking, ninguém trabalhou tão duro quanto Roger Federer no período de férias. Quem diz não sou eu, é o próprio suíço. Em entrevista ao jornal britânico "Daily Mail", o ex-número 1 do mundo falou de quanto precisou se esforçar para voltar a jogar um tênis compatível com seu currículo e, por que não, capaz de derrotar qualquer um no circuito mundial hoje em dia.

O atual número 5 do mundo (Federer já garantiu o retorno ao número 4 e pode até ser o terceiro do ranking na próxima semana) falou também sobre os problemas físicos que o incomodaram em 2013 e da esperança de ir longe em WImbledon este ano. Veja abaixo alguns trechos que traduzi (o original está aqui).

Sobre a pré-temporada
"Dezembro foi crucial. Não quero soar arrogante, mas acredito que fui quem trabalhou mais duro entre os oito melhores nas férias. Muitos caras foram jogar exibições ou estavam na Copa Davis. Eu tive tempo, me concentrei e trabalhei sem sobressaltos. Joguei três semanas seguidas sem problemas, terminando na Arena O2 (ATP Finals). Acreditei que se conseguisse suportar a carga de trabalho de dezembro e terminasse em boa forma, sem problemas, seria uma ótima base".

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Sobre Edberg
"Nós fomos os dois últimos a ir embora (do ATP Heritage, em Nova York, em setembro do ano passado). Eu queria ter a chance de conversar com ele por uns 10 minutos a mais. Mas não foi até eu decidir me separar de Paul Annacone, meu treinador anterior, que veio à mente abordá-lo, talvez porque tínhamos nos encontrado em Nova York".

"É inspirador trabalhar com ele. É mais um mentor do que um técnico. Ele não está comigo toda semana – quero que seja especial quando ele estiver por perto porque é meu ídolo de infância. As pessoas vão um pouco longe demais quando falam da influência dele. Toda vez que vou à rede, dizem 'Isso tem que ser coisa do Edberg'. Nem tudo que eu faço é por causa do Stefan, é algo mais profundo do que isso".

Sobre Wimbledon
"(A edição de 2013) Era um dos meus objetivos na temporada e quando eu falho, eu penso: por que aconteceu? É o treinamento, é mental, meu time ou só eu? Preciso mudar? Para mim, foi duro porque eu acreditava que podia ter feito algo lá. Eu não estava sentindo dor. Eu venci menos de duas semanas antes, em Halle. Acho que teria ido pelo menos às semis, mas Serguy Stakhovsky jogou bem. Ao voltar a WImbledon este ano, terei ambições muito maiores".

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.