Topo

Saque e Voleio

Um final feliz e previsível

Alexandre Cossenza

24/02/2014 00h41

Nadal_Rio_f_trofeu_get_blog

Rafael Nadal, campeão no saibro. Rafael Nadal, campeão no Brasil. Até aí, novidade nenhuma. Já são 28 vitórias seguidas do espanhol na terra batida – sequência que começou em Barcelona, no ano passado, e passou por Madri, Roma e Roland Garros antes de chegar ao Rio de Janeiro. E agora são 14 triunfos consecutivos em solo brasileiro, somando os títulos conquistados na Costa do Sauípe, em 2005, em São Paulo, no ano passado, e o deste domingo.

Era o mais esperado dos resultados, mas não faltou emoção. Afinal, veio depois de uma dramática e espetacular semifinal, na qual Rafa precisou salvar dois match points diante de um bravo Pablo Andújar, que fazia uma das melhores apresentações de sua vida – palavras dele! Foi um fim de torneio que agradou ao público e a todo mundo que esteve envolvido no Rio Open, um evento que acertou mais do que errou em sua edição inaugural, o que é um tanto louvável.

Nadal termina o torneio aparentemente apagando dois problemas. As dores nas costas, que o incomodaram também aqui no Rio, e a bolha gigante na mão esquerda. No fim de semana passado, quando treinava para o evento carioca, o espanhol ainda olhava com frequência para sua mão durante os treinos, e houve um momento em que ainda precisou treinar com o local enfaixado. No fim das contas, porém, Nadal conseguiu jogar um belo tênis quando precisou mais.

Vale ressaltar que o número 1 do mundo forçou pouco seu saque – em uma das coletivas, admitiu usar um serviço "mais suave", o que lhe poupava de dores mais fortes nas costas. A estratégia teve seu preço diante das devoluções agressivas de Andújar, mas Nadal compensou com bons saques angulados na maioria das vezes. É de se imaginar que a semana de descanso antes de Indian Wells deixará o espanhol pronto para encarar os dois Masters de quadra dura.

"Estou feliz pela vitória. Não cheguei com a melhor das preparações porque saía de um problema nas costas, fiz um tratamento e não pude treinar. Acredito que, na medida do possível, joguei melhor em uns dias, pior em outros, e hoje fiz uma partida sólida, melhor do que a de ontem (a semifinal contra Pablo Andújar), evidentemente. Todos títulos nos motivam, mas quando são em grandes cidades, como é o Rio de Janeiro, na primeira edição de um torneio grande como é este, e além disso, saindo de um problema nas costas, é uma sensação bonita. Evidentemente, é importante para mim voltar a competir e ganhar outra vez, depois do que aconteceu na final do Australian Open."

Coisas que eu acho que acho:

– Volto a escrever em breve, fazendo um balanço do Rio Open e publicando como foi minha última conversa com Lui Carvalho, diretor do torneio.

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.