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Saque e Voleio

Um tour pelo Rio Open

Alexandre Cossenza

19/02/2014 13h46

Desde antes do início do Rio Open, venho listando aqui um bocado de falhas do mais novo ATP 500 e WTA International do circuito mundial. Chega a hora, então, de mencionar alguns dos acertos do torneio. E é bem verdade que, fora os banheiros "com cheiro de pizza" (ouvi essa frase de alguns espectadores), com folhas de manjericão no chão, o Rio Open criou um belo ambiente para o fã de tênis visitar e apreciar a modalidade.

A estrutura, de modo geral, é bem boa, a começar pelos carrinhos "de golfe" para dar carona a quem não quer/não pode se locomover até as quadras. No caminho, um bom número de estandes. Agências de turismo, lojas, opções de lazer (minitênis, tênis virtual e máquina para medir a velocidade de saques, além de um telão com Virtua Tennis 4 para Wii), comida e bebida. Tudo condizente com o tamanho do torneio. Vale conferir no vídeo acima.

Foi bem aproveitada a pequena arquibancada de cimento do Jockey Club Brasileiro, que serve tanto para quem quer acompanhar os treinos das quadras 5, 6 e 7 quanto para quem optar por ver de perto os jogos da Quadra 2. Há também uma arquibancada maior em um fundo de quadra, de onde é ótimo ver os jogos das quadras 2, 3 e 4.

A Quadra 1 é, talvez, a melhor opção para quem gosta de prestar atenção em detalhes. É nela que o público fica mais perto dos jogadores, e a opção do torneio de colocar Bruno Soares e Marcelo Melo para jogar lá acabou criando um ambiente ótimo. "Um caldeirãozinho", como o próprio Bruno disse (ainda que faltassem ali boxes para técnicos e convidados, além de assentos para a imprensa).

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Os preços, tanto nas lojas quanto nos bares e restaurantes, estão longe de serem abusivos (sim, eu discordo do colega Felipe Priante, que escreveu assim). A começar pelo Sugarpova, famoso doce de Maria Sharapova. Vendido por US$ 5,99 nos Estados Unidos, ele é comercializado no estande da Head por R$ 15. Mini-combinado japonês por R$20, yakissoba por R$ 25, água a R$ 5, bola gigante para autógrafos a R$ 85. Barato? Nem um pouco, mas acredito que esteja dentro da média do que é cobrado em eventos.

De modo geral, tanto pelo tênis quanto pelo ambiente, o Rio Open é um ótimo passeio. Venha com bastante tempo e traga dinheiro, uma caneta própria para autógrafos, máquina fotográfica, filtro solar e guarda-chuva – nunca se sabe com o clima do Rio de Janeiro. E divirta-se.

Coisas que eu acho que acho:

– Se você tiver a chance de chegar cedo ao Jockey Club e ver um treino de Rafael Nadal, tente ficar o mais próximo possível do fundo de quadra. Note a velocidade e a altura das bolas do espanhol. Nunca deixa de me impressionar.

– Durante a chuva, uma boa opção pode ser testar o tênis virtual no estande do Itaú. Diversão e fuga dos pingos em uma só atividade. Eu e uns colegas tentamos testar a brincadeira, mas a máquina teve um problema justamente quando estávamos na fila. Desistimos. Se acontecer com você, não saia de lá e se proteja da chuva.

– É difícil pegar autógrafo na beira da Quadra Central. A melhor opção para os fanáticos é sair da quadra um pouco antes do fim das partidas e ficar do lado de fora, colado na grade que fica ali (abaixo das cabines de transmissão). Na segunda-feira, Nadal ficou um bom tempo ali assinando itens.

– Estacionar perto do torneio continua um problema. Se puder, venha de transporte público. Para quem deixa o torneio ao fim da rodada noturna, a solução é pegar um táxi. Está longe de ser um ideal para um evento deste porte, e a organização sabe disso.

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.