Copa Davis: o retorno
Antes de ler qualquer palavra sobre os próximos confrontos da Copa Davis, clique no vídeo acima e veja que fantástico o processo de construção da arena que receberá o confronto entre Estados Unidos e Grã-Bretanha. Os americanos usaram parte das arquibancadas fixas do Petco Park, estádio de beisebol do San Diego Padres, e lá fizeram uma quadra de saibro.
Dito isto, o assunto obrigatório do fim de semana, claro, é a presença de Roger Federer no time suíço, agora liderado pelo campeão do Australian Open e número 3 do mundo, Stanislas Wawrinka. Presença rara na equipe, o ex-líder do ranking mundial apareceu de última hora para o que promete ser um passeio diante de uma Sérvia que não tem Djokovic, Tipsarevic ou Troicki.
O que teria motivado Federer? Não cabe especular, mas consigo pensar em algumas possibilidades, como a chance de entrar em quadra apenas uma vez. Como número 2 do país, Federer só precisaria fazer um segundo jogo de simples se a série fosse decidida na quinta partida, o que não parece nada provável. Além disso, não deve existir mais nos ombros o peso de "carregar" um time. E ajuda também o fato de o confronto ser em piso rápido. Ah, sim: não precisar enfrentar Novak Djokovic não é nada, nada ruim. Quais desses fatores pesaram mais, se é que pesaram? Só Roger Federer pode responder.
Quanto aos outros confrontos, a República Tcheca parece barbada jogando com casa contra a Holanda, já que Tomas Berdych e Radek Stepanek estão escalados. No Japão, o Canadá seria favoritíssimo, a não ser pela ausência de Milos Raonic. Com Vasek Pospisil e Frank Dancevic diante de Kei Nishikori e Go Soeda, há certo equilíbrio. Meu palpite? Soeda garante a vitória japonesa no quinto jogo.
Em casa, a Alemanha de Philipp Kohlschreiber e Florian Mayer (Daniel Brands e Tommy Haas escalados provisoriamente nas duplas) encara a Espanha de Feliciano López e Roberto Bautista Agut, com David Marrero e Fernando Verdasco nas duplas. A incógnita aqui é a forma de Bautista Agut, sem experiência em Copas Davis. É outra série que pode tranquilamente terminar no quinto jogo.
Na Argentina pós-Nalbandian e sem Del Potro, a tarefa é complicada para Carlos Berlocq e Juan Mónaco (mais Zeballos e Schwank). No saibro de Mar del Plata, eles encaram a Itália de Fabio Fognini e Andreas Seppi (Volandri e Bolelli "no banco"). Para a França de Gasquet e Tsonga, o favoritismo é grande contra a Austrália, que tem o experiente Lleyton Hewitt e os jovens Nick Kyrgios e Thanasi Kokkinakis.
No Cazaquistão, talvez o menos interessante dos duelos: Mikhail Kukushkin e Andrey Golubev (mais Korolev e Yevseyev) enfrentam a Bélgica, que tem David Goffin e Ruben Bemelmans (mais Olivier Rochus e Kimmer Coppejans).
Por fim, o confronto que eu mais quero ver: EUA x Grã-Bretanha. Donald Young, Sam Querrey e os irmãos Bryan enfrentam Andy Murray, James Ward, Kyle Edmund e Colin Fleming. Sim, seria mais legal com John Isner, que foi excluído do time na última hora, por causa de lesão, mas tem Andy Murray, que não jogou em 2011 e apareceu apenas na repescagem em 2013. Agora, o campeão de Wimbledon aceitou o desafio de defender a equipe no saibro de San Diego, o que não parece tarefa das mais fáceis.
Sem ir na toalha (para ler em até 20 segundos):
– A pouco útil grade do SporTV2 indica que o canal transmitirá a Copa Davis das 10h30min às 16h30min de sexta-feira, mas não informa qual confronto será exibido (pelo horário, tudo indica que será França x Austrália). Tampouco há informações sobre transmissões no sábado e no domingo. A maneira mais simples (e legal!) de ver a Davis é fazer uma assinatura no site da ITF. O pacote do fim de semana, incluindo a Fed Cup, custa US$ 9,95.
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