Djokovic e a lesão que pode mudar o torneio
Em forma, Novak Djokovic é favoritíssimo para qualquer torneio em quadra dura. Conquistou o US Open do ano passado numa final sem sustos contra Juan Martín del Potro e levantou o troféu do Australian Open de 2019 dominando Rafael Nadal na decisão. Não por acaso, era – e ainda é – o favorito das casas de apostas para o US Open que começou nesta semana. No entanto, uma lesão no ombro esquerdo, que ficou mais do que nítida durante a partida contra Juan Ignacio Londero, ameaça sua campanha em Nova York.
Ainda assim, o número 1 do mundo venceu o duelo por 3 sets a 0, mas o desconforto era óbvio, tanto na hora de executar o backhand quanto no saque – ao arremessar a bola com o braço esquerdo – e as consequências ficaram registradas nos números do jogo. Djokovic teve seu saque quebrado cinco vezes – em todos os games em que enfrentou break points. Recebeu atendimento médico em ocasiões diferentes e, depois do jogo, admitiu a seriedade da coisa. Vejam algumas de suas declarações:
"Causou incômodo ao meu jogo, sem dúvida, especialmente no saque e no backhand. Não foi fácil jogar com esse tipo de sensação. Não passei por isso muitas vezes na minha carreira."
"Provavelmente, vou congelar meu braço por 48 horas e ver o que acontece."
"É uma sensação nova, que me incomoda há quase duas semanas. Tive dias com dor mais intensa e dias com ela menos intensa. Vem variando muito, aumentando e diminuindo. O que aconteceu hoje em quadra, como eu me senti, foi duro e imprevisível. Espero que com os devidos tratamentos, eu consiga estar em uma condição melhor do que hoje dentro de alguns dias."
Ao que parece, Djokovic tem uma corrida contra o tempo para se recuperar e chegar à segunda semana do torneio – quando será testado de verdade – em condições físicas ideais. Vale lembrar que sua chave não é tão simples. O sérvio pode encontrar Stan Wawrinka nas oitavas de final, Daniil Medvedev nas quartas e Roger Federer na semi. Com o nível de dor que incomodou na partida contra Londero, é difícil imaginar Djokovic atravessando essa estrada sem problemas. Chegou a hora de os médicos e fisioterapeutas justificarem seus salários.
Mau tempo ajuda, mas nem tanto
Se serve de consolo, a chuva que persistiu durante toda a quarta-feira dará a Djokovic alguma vantagem em seu próximo desafio. Com o privilégio de atuar no Estádio Arthur Ashe, que tem teto retrátil, ele terá um dia a mais de descanso que seu próximo adversário, que sairá do jogo entre Denis Kudla, #111, e o sérvio Dusan Lajovic, #29. Eles tiveram seu encontro remarcado para esta quinta-feira (será ao meio-dia de Brasília, na Quadra 7).
O mau tempo, porém, não deve fazer muito mais pelo sérvio. A previsão de chuva é pequena para os próximos dias e, mesmo que voltasse a pingar em Flushing Meadows, Djokovic será sempre escalado para uma quadra com teto retrátil, o que significa que ele provavelmente não terá dias extras de descanso depois da terceira rodada.
Sobre o autor
Contato: ac@cossenza.org
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.