Topo

Saque e Voleio

Nick Kyrgios e a nova 'rotina' de consultar os fãs nos match points

Alexandre Cossenza

04/08/2019 00h24

Você pode dizer que Nick Kyrgios é mal educado, desrespeita o esporte e faz mal ao tênis. Toni Nada, inclusive, já declarou isso. E você também pode dizer que o australiano é diferente, honesto e traz um ar novo para o tênis. Provavelmente, os dois pontos de vista têm sua dose de razão, em momentos diferentes. O que não dá par fazer é ignorar Nick Kyrgios. No ATP 500 de Washington, ele já fez de tudo. Inclusive adotou uma curiosa "rotina" nos match points.

Na noite deste sábado, na semifinal contra o grego Stefanos Tsitsipas, o australiano salvou um match point no tie-break do terceiro set e fez mais uma graça. Quando teve a chance de sacar com um match point a favor, foi até um torcedor, perguntou como ele queria direção do saque e voltou para o serviço. Kyrgios mandou a bola como o torcedor queria, matou o ponto e foi comemorar junto com o cidadão da primeira fila. Vejam no vídeo abaixo:

Kyrgios já tinha feito isso na partida anterior, quando derrotou o eslovaco Norbert Gombos por 6/3 e 6/3. Assim como neste sábado, a "estratégia" deu certo, e Nick fechou o jogo.

"Eu apenas vou lá, eles me dizem onde sacar e até agora estou 2/2", disse Nick Kyrgios ao Tennis Channel, lembrando os 100% de aproveitamento, depois de derrotar Stefanos Tsitsipas.

Nick terá mais uma chance para repetir a rotina em Washington. Neste domingo, a partir das 18h (de Brasília) ele joga a final do ATP 500 de Washington. Seu adversário é o russo Daniil Medvedev, e a partida tem transmissão do Band Sports.

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.