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Saque e Voleio

Australian Open de 2020 terá piso novo e, claro, polêmica nova

Alexandre Cossenza

26/07/2019 11h30

Depois de 12 edições usando o plexicushion, um piso acrílico acolchoado fabricado pela empresa americana California Sports Surfaces, o Australian Open terá um novo piso a partir de 2020. A superfície ficará a cargo da empresa espanhola Greenset Worldwide, a mesma que fez as quadras dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

A Tennis Australia garante que a alteração será mínima, mas, na prática, todo mundo sabe como funciona. Se todo ano já há pequenas polêmicas sobre como as quadras estão mais mais lentas ou mais rápidas (em 2017, falou-se bastante que o Australian Open, com o mesmo plexicushion, estava mais rápido e com as bolas quicando menos), vai ser mais interessante ainda ver a reação de todos ao novo piso.

Dá para prever algumas semanas de análises de jogadores e de especialistas tentando imaginar que tenista vai ser mais ou menos beneficiado pelo piso novo, que será adotado em toda sequência de eventos australianos. Isso inclui a nova ATP Cup (Brisbane, Perth e Sydney) e os torneios de Adelaide, Hobart e Brisbane (e, possivelmente, Auckland, na Nova Zelândia). A cor azul vai continuar.

O executivo-chefe da Tennis Australia, Craig Tiley, insiste em dizer que a superfície será a mesma: "Sob a orientação da Greenset, nossa superfície acrílica acolchoada continuará a mesma, mas com um processe de instalação muito detalhado para alcançar a superfície de jogo de maior qualidade possível em cada uma das quadras", disse, segundo texto no site da Tennis Australia.

Se a mudança conseguir mais uniformidade nas quadras, será uma novidade bem-vinda. Afinal, não é segredo nenhum que os jogadores sempre dizem que as quadras externas são diferentes das principais nos maiores torneios. Há sempre uma variação na velocidade que ajuda os tenistas de mais nome, que raramente precisam atuar fora das duas maiores arenas em um torneio.

De qualquer modo, mais rápido ou mais lento, com mais ou menos quique, mais ou menos uniforme… será interessante acompanhar as primeiras semanas de 2020 e tentar entender o que o novo piso significará não só em termos de velocidade de jogo, mas especialmente nas cabeças de tenistas e fãs.

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Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.