Serena encerra sequência milagrosa de compatriota e volta às semifinais de Wimbledon

Alison Riske, número 55 do mundo, chegou às quartas de final de Wimbledon para enfrentar Serena Williams vindo em uma sequência de vitórias improváveis. Na estreia, perdia o terceiro set por 4/1 para Donna Vekic; na segunda rodada, bateu Ivana Jorovic por 9/7 na parcial decisiva; na terceira fase, perdia por 3/0 para Belinda Bencic no último set; e, nas oitavas, virou um jogo contra a número 1 do mundo, Ashleigh Barty.

Depois de somar 9h05min em quadra em quatro jogos, Riske precisava de mais uma pequeno milagre contra Serena Williams, heptacampeã de Wimbledon e dona de 23 títulos de slam em simples. Não deu. A desafiante até reagiu, vencendo o segundo set e ameaçando mais uma virada incrível, mas, no fim, a ex-número 1 do mundo foi superior no terceiro set, saiu da Quadra Central com a vitória por 6/4, 4/6 e 6/3, com direito a 19 aces, e agora está de volta às semifinais no All England Club.

Além do oitavo título na grama londrina, Serena tenta mais uma vez igualar o recorde de Margaret Court, australiana que é a maior vencedora de slams em simples e tem 24 troféus. A americana já esteve perto de se igualar no ano passado, na final de Wimbledon, mas acabou derrotada pela alemã Angelique Kerber. Seu técnico, Patrick Mouratoglou, já afirmou que Serena, 37 anos, busca "os dois que faltam" antes de encerrar a carreira – ou seja, a americana gostaria de se aposentar como dona isolada da marca.

Nas semifinais deste ano, Serena vai enfrentar a vencedora do jogo entre a tcheca Barbora Strycova e a britânica Johanna Konta.

O relato

O começo foi até bom para Riske. Após dois erros não forçados de Serena, a #55 do mundo encaixou uma boa devolução, viu a rival errar uma esquerda e chegou à primeira quebra do jogo, abrindo 2/1. Parecia que a sorte ia mudar no sexto game. Depois de salvar três break points, Riske viu uma bola de Serena tocar na fita e perder força. A desafiante até alcançou a bolinha, mas a heptacampeã matou o ponto facilmente com o golpe seguinte e igualou o placar em 3/3.

Só que Riske seguiu agredindo, inclusive quando devolvia o forte saque de Serena. Logo no game seguinte, Alison encaixou uma bela passada e uma devolução vencedora para anotar nova quebra e fazer 4/3. Aos poucos, porém, a potência de Serena foi fazendo a diferença. Ao devolver a quebra no oitavo game, tomou de vez o controle do jogo e não só confirmou seu serviço como voltou a quebrar para fechar o set em 6/4.

A segunda parcial começou equilibrada, com Riske voltando a manter seu serviço com consistência. Serena, contudo, não deixava seus games de serviço serem ameaçados, o que lhe dava liberdade para agredir e arriscar mais quando a adversária tinha o saque. Foi só no nono game que Riske jogou dois pontos perfeitos para chegar à quebra. Primeiro, com uma passada. Depois, com um voleio curtinho de bate-pronto que deixou Serena sem ação. No game seguinte, sem ceder pontos, a desafiante confirmou o saque, devolvendo o 6/4 e igualando o placar em 1 set a 1.

E não foi só isso. Riske aproveitou o embalo e abriu a parcial decisiva quebrando o saque de Serena. A vantagem, entretanto, durou pouco. A veterana encaixou uma série de bolas agressivas e devolveu a quebra imediatamente. Era o que Serena precisava para reconquistar a confiança e disparar na frente, anotando mais uma quebra para fazer 3/1. Riske, contudo, não desistia. Com dois ótimos backhands, voltou a vencer um game no serviço da americana. Logo, o jogo entrava em sua reta final com o placar mostrando 3/3.

Serena confirmou seu saque sem drama e pressionou Riske, que salvou três break points jogando de forma corajosa e agressiva. Na quarta chance de quebra do oitavo game, porém, uma dupla falta deu a vantagem a Serena. A veterana não perdoou e confirmou seu saque para fechar a conta em 6/3 pouco depois.

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