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Bia tomba diante de britânica #182 do mundo e perde chance de encarar número 1 em Wimbledon

Alexandre Cossenza

04/07/2019 09h32

Depois de uma belíssima vitória sobre a ex-número 1 do mundo Garbiñe Muguruza na primeira rodada, a brasileira Beatriz Haddad Maia entrou em quadra nesta quinta-feira, em Wimbledon, com uma ótima oportunidade. Se vencesse a britânica Harriet Dart, #182 do ranking, alcançaria o melhor resultado da carreira em um slam e teria a chance de medir forças contra a atual número 1 do mundo, a australiana Ashleigh Barty.

A paulista de 23 anos, contudo, não conseguiu jogar seu melhor tênis, teve problemas físicos no terceiro set e acabou derrotada por 7/6(4), 3/6 e 6/1. Dart avança para encarar Barty, que não perde há 14 jogos. Nos últimos dois torneios que disputou, a australiana de 23 anos foi campeã de Roland Garros e do WTA de Birmingham. Nesta quinta, Ash derrotou a belga Alison Van Uytvanck por 6/1 e 6/3. Barty ainda não perdeu sets no All England Club.

O relato

Assim como aconteceu na partida contra Muguruza, na primeira rodada, Bia começou perdendo seu game de saque. Dart, em seguida, saiu de 0/30 para confirmar e fazer 2/0. Embora dona de uma bola mais pesada do que a adversária, a paulista encontrava problemas com os serviços bem colocados da tenista da casa.

Dart teve outro break point no quinto game, mas Bia se salvou e manteve a diferença em uma quebra. A brasileira equilibrou o jogo do fundo de quadra e passou a somar mais bolas vencedoras do que a britânica. Faltava, porém, conseguir pontos no saque da rival, e o esforço de Bia foi recompensado no décimo game. Sacando para o set, a tenista da casa cometeu três erros não forçados e cedeu o empate em 5/5. A decisão foi para o tie-break, e a britânica levou a melhor. Sacando em 4/4, Bia mandou um forehand longo, cedendo o mini-break que fez a diferença. Dart, então, soltou uma direita indefensável e contou com mais um erro da brasileira para fazer 7/6(4).

O jogo seguiu equilibrado no segundo set. Bia começou a parcial agredindo mais o fraco segundo saque da britânica (média de 110 km/h, contra 140 km/h da brasileira no mesmo quesito) e logo conseguiu uma quebra. A vantagem, contudo, não durou muito, e Dart devolveu a quebra no quarto game, aproveitando erros da paulista. Só que foi Dart quem vacilou na parcial. Sacando em 3/3 e 40/0, a tenista da casa desandou a errar, perdendo o game e a calma. Bia aproveitou o momento e tomou o controle do jogo. Com mais erros da rival, anotou nova quebra no nono game e fechou em 6/3.

No terceiro set, Bia começou a ter problemas físicos. Aparentando um início de cãibras, sacou mal e foi quebrada no terceiro game, com Dart sendo mais agressiva e jogando a brasileira de um lado para o outro da quadra. No intervalo, a paulista pediu atendimento médico e recebeu tratamento na coxa esquerda, mas voltou para a quadra e seguiu mal nos games de saque. A britânica, fisicamente inteira, aproveitou. Confirmou seu serviço no quarto game e voltou a quebrar Bia para abrir 4/1. A brasileira não teve mais condições de reagir e perdeu o saque mais uma vez para tombar por 6/1.

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Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.