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Saque e Voleio

Serena vence e reencontra Venus num slam 20 anos depois de primeiro duelo

Alexandre Cossenza

29/08/2018 22h07

Em janeiro de 1998, Venus e Serena Williams duelaram pela primeira vez. A irmã mais velha era a 16ª colocada do ranking e tinha 17 anos. Serena tinha 16 e ocupava o 53º posto. Era "apenas" a segunda rodada do Australian Open. Agora, mais de 20 anos depois, as duas vão se rever num slam. O encontro foi marcado quando Serena derrotou a alemã Carina Witthoeft, #101 do mundo, por 6/2 e 6/2.

Daquele encontro de 1998 até hoje, as irmãs Williams ganharam, juntas, 30 títulos de slam em simples (23 de Serena), ocuparam o topo do ranking por 330 semanas (319 de Serena), seis WTA Finals (cinco de Serena), e oito medalhas de ouro olímpicas (quatro de cada), entre muitos outros feitos, como vários títulos de slam em duplas e uma conquista na Fed Cup.

Nos confrontos diretos, Venus levou vantagem até 2001. Venceu quatro dos cinco primeiros confrontos. Depois, Serena deixou a irmã para trás. Ganhou seis jogos seguidos em 2002 e 2003, quando trocaram posições na liderança do ranking, e hoje lidera o histórico por 17 a 12.

Atualmente, Venus, 38 anos, ocupa o 16º lugar no ranking da WTA. Serena, 36, é a 26ª da lista. O 30º encontro, marcado para sexta-feira, será em Nova York – não poderia haver lugar melhor – e vale pela terceira rodada do US Open. Antes, também nesta quarta-feira, Venus garantiu sua vaga ao derrotar a italiana Camila Giorgi, #40, por 6/4 e 7/5.

"Da última vez que jogamos num slam, eu tive uma pequena vantagem de duas contra uma. Desta vez, sem essa vantagem, vai ser difícil. Não é o fim do mundo. Preferiríamos nos encontrar mais tarde [em uma fase mais avançada do torneio], mas é o que é", disse Serena, fazendo uma menção ao fato de estar grávida da filha Alexis Olympia durante o Australian Open de 2017, seu último encontro num slam.

E o que mais?

Sobre a partida da sessão noturna, há pouco a avaliar. Witthoeft simplesmente não tem as armas para incomodar a americana – a começar por um primeiro saque frágil, que já deixava a americana em controle dos pontos a partir da devolução. Nem quando tentou alongar os pontos a alemã teve sucesso. Se a vitória não veio ainda mais fácil, é porque Serena não jogou tão no "modo Serena" assim.

O triunfo de Venus, mais cedo, foi muito mais emocionante. Não só porque Giorgi era uma ameaça real, mas porque a torcida participou mais da partida e também porque Venus brilhou ao sair de momentos complicadíssimos no segundo set. Primeiro, saiu de 0/40 e salvou cinco break points quando sacava em 4/4. Depois, escapou de um 0/30 com o placar em 5/5 antes de quebrar o saque da italiana no 12º game.

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

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