Topo

Saque e Voleio

Em dia de sorte, Serena faz dever de casa com grande atuação na estreia

Alexandre Cossenza

27/08/2018 22h25

O público que lotou o Estádio Arthur Ashe na noite desta segunda-feira sairá feliz com a belíssima atuação de Serena Williams em sua estreia nesta edição do US Open. A americana, ex-número 1 do mundo e atual 26ª colocada no ranking, foi eficiente e anotou uma boa vitória sobre uma competente polonesa Magda Linette (#68) ao fazer 6/4 e 6/0.

A boa apresentação se fez necessária, já que Linette fez uma partida sólida, com poucos erros e tentando fazer Serena se deslocar para bater cada bola. À polonesa, contudo, faltou potência para desestabilizar a favorita. A tenista da casa não tomou riscos exagerados, falhou pouco e aproveitou a única chance que teve na primeira parcial para conseguir uma quebra e fazer 6/4.

No segundo set, a veterana de 36 anos, dona de 23 títulos de slam e hexacampeã do US Open (1999, 2002, 2008, 2012, 2013, 2014) tratou de quebrar o serviço de Linette logo na primeira rodada e, depois disso, não olhou mais para atrás. Com a confiança nos golpes aumentando a cada minuto, Serena tomou o controle das ações, voltou a quebrar a polonesa para abrir 3/0 e praticamente acabou com as esperanças da oponente.

Ainda é cedo para fazer qualquer tipo de previsão, mas para quem viu Serena na derrota para Johanna Konta em San Jose ou no revés diante de Petra Kvitova em Cincinnati, o tênis jogado nesta noite nova-iorquina é um bom sinal. Considerando que será favoritíssima pelas próximas três rodadas, é de se imaginar que a ex-número 1 terá uma semaninha para chegar afiadíssima em um eventual (e perigoso) encontro com Garbiñe Muguruza nas quartas de final.

Ah, sim: o triunfo desta segunda foi o 68º em 69 primeiras rodadas de Serena Williams em eventos do grand slam. Seu próximo obstáculo em Nova York será a alemã Carina Witthoeft (23 anos, #101), que derrotou a a americana Caroline Dolehide (19 anos, #119), também nesta segunda, por 6/3 e 7/6(6).

Sorte também ajuda

A vitória sob a luzes de Nova York que foi apenas a última parte de um dia em que muita coisa deu certo para Serena Williams. A ex-número 1 do mundo, que caiu em uma parte complicada da chave deste US Open, já viu duas ameaças em potencial se despedirem. A primeira delas foi Simona Halep, #1 do mundo, que encontraria a americana nas oitavas de final. A romena tombou diante da estoniana Kaia Kanepi, #44, por 6/2 e 6/4.

A segunda ameaça para Serena era russa Anastasia Pavlyuchenkova, cabeça de chave #27, que, depois da eliminação de Halep, passou a ser a favorita para encontrar a tenista da casa nas oitavas. Só que Pavs também deu adeus. Perdeu para a sueca Rebecca Peterson por 1/6, 6/4 e 6/3. Agora, caso chegue às oitavas, Serena vai encontrar com Kaia Kanepi (#44), Jill Teichmann (#168), Vania King (#881) ou Rebecca Peterson (#61).

E o que mais?

Venus Williams (#16), possível adversária da irmã na terceira rodada, venceu um duelo de campeãs do US Open com a também veteraníssima Svetlana Kuznetsova: 6/3, 5/7 e 6/3. A Williams mais velha, com 38 anos, não vem fazendo uma grande temporada, saiu do top 10, mas fez uma bela apresentação, controlando a maioria dos pontos e agredindo violentamente o saque da russa. Sveta ainda reagiu no segundo set, aproveitando um momento ruim da tenista da casa, mas Venus voltou a controlar as ações na parcial decisiva. O placar só não foi mais dilatado porque a russa lutou como pôde até o fim. Agora, Venus vai encarar Camila Giorgi (#40) na segunda rodada.

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.