Duelo com Nadal é teste máximo para Djokovic antes de Roland Garros

Aos poucos, Novak Djokovic está "chegando lá". Das derrotas de Indian Wells e Miami até a semifinal de Roma, o ex-número 1 do mundo passou por um bocado de obstáculos e sensações distintas, levando seus fãs em um intrigante passeio de montanha-russa.

Houve a empolgação pós-Coric-e-Thiem em Monte Carlo, a frustração com Klizan em Barcelona, a ilusão pós-Nishikori em Madri e, agora, a solidez de uma campanha que o levou às semifinais na capital italiana. E, desta vez, derrotando um Nishikori que fez uma bela apresentação, diferentemente do irregular japonês que apareceu na Espanha.

O triunfo desta sexta-feira, que veio por 2/6, 6/1 e 6/3, foi outro passo importante no "retorno" de Nole. Foi sua primeira vitória em três sets desde o Australian Open. Antes, sucumbiu diante de Taro Daniel, Thiem, Klizan e Edmund. Mas, obviamente, não é só na questão física que o sérvio mostrou evolução nos últimos dois meses.

Coisas que eu acho que acho:

– Vale a pena rever alguns números, ainda que alguns tenham sido compilados em circunstâncias diferentes da desta semana. No histórico de confrontos, Djokovic supera Nadal por 26 a 24. Nole, aliás, venceu oito dos últimos nove encontros com o espanhol. Nadal, porém, venceu o mais recente. Foi em Madri/2017, por 6/2 e 6/4.

– Especificamente em Roma, Djokovic e Nadal se enfrentaram seis vezes, com três vitórias para cada. O sérvio venceu em 2011, 2014 e 2016. Nadal levou a melhor em 2007, 2009 e 2012.

– Ainda no quesito "retorno em Roma", vale destacar a campanha de Maria Sharapova, que se classificou para as semifinais ao derrotar Jelena Ostapenko por 6/7(6), 6/4 e 7/5. Mais do que isso, a russa venceu três jogos de três sets nesta semana (algo que não vinha acontecendo com tanta frequência). Volto a escrever sobre a bicampeã de Roland Garros após o torneio.