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Saque e Voleio

A quantas anda a recuperação de Bellucci?

Alexandre Cossenza

14/09/2017 12h03

Enquanto o Brasil se prepara para enfrentar o Japão pela repescagem da Copa Davis (o confronto começa às 23h desta quinta, no horário de Brasília), vale lembrar a quantas anda Thomaz Bellucci, que ficou fora do confronto por causa de uma ruptura parcial no tendão de aquiles diagnosticada só depois do US Open.

Foi esse diagnóstico que fez João Zwetsch mudar de ideia e chamar Rogerinho para o confronto. O número 1 do Brasil, no entanto, não aceitou o convite, já que foi preterido na primeira convocação e já tinha feito um planejamento de calendário.

O curioso sobre o caso de Bellucci é que Bia Haddad Maia postou no dia 7 de setembro um vídeo do paulista treinando na Flórida. Mais curioso ainda foi o vídeo ser apagado pouco tempo depois de sua publicação, como relatou João Victor Araripe, do Globoesporte.com, na época.

Como, então, o paulista podia treinar com uma ruptura parcial do tendão? É isso que explica seu preparador físico, Cassiano Costa:

"O tratamento consiste, na primeira fase, de analgesia e recuperação até ausência da dor. A segunda parte é de equilíbrio da articulação, junto com fortalecimento. Depois, faz a batida sem se mover; em seguida, faz a batida se movendo para a frente e para trás; e, por último, movendo lateralmente. O Thomaz ainda está na transição do bater sem movimento para começar a ter um pouquinho de movimento para a frente. Isso ainda vai levar uma semana e meia, duas, até que ele esteja completo para bater. O vídeo mostra ele fazendo golpes, mas pode ver que o movimento dele é muito pequeno. Tanto a parte de condicionamento quanto a parte do tendão não estariam prontas a tempo de jogar uma Davis, por isso a gente decidiu continuar o tratamento porque ele podia ampliar a lesão e, seguramente, não iria estar se movimentando, então melhor deixar alguém que está em melhor condição."

Coisas que eu acho que acho:

– Sobre o confronto, o sorteio decidiu que a primeira partida será entre Guilherme Clezar e Yuichi Sugita. Em seguida, Thiago Monteiro encara Go Soeda. Não que faça tanta diferença assim, mas não ma parece o melhor dos cenários para o Brasil. Sempre acho mais interessante que o jogador menos experiente faça o segundo jogo. Assim, é preciso lidar com menos pressão. Uma vitória de Monteiro no primeiro jogo (e ele é favorito contra Soeda) colocaria Clezar mais leve em quadra.

– Vale lembrar que Clezar ainda não tem no currículo uma vitória num jogo melhor de cinco sets. Em sua única participação na Davis, o gaúcho sofreu uma lesão e abandonou o jogo contra Emilio Gómez, do Equador, no terceiro set. Clezar também jogou uma vez a chave principal do US Open e foi derrotado pelo suíço Marco Chiudinelli em quatro sets. Sugita, por sua vez, já disputou 14 jogos em melhor de cinco sets e venceu cinco.

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.