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Saque e Voleio

Rio Open traz Eugenie Bouchard

Alexandre Cossenza

05/01/2016 11h59

O Rio Open driblou as dificuldades do calendário e do dólar alto e conseguiu um nome de peso para a chave feminina: a canadense Eugenie Bouchard, 21 anos e ex-top 5, será a grande estrela do evento em 2016.

Bouchard foi finalista de Wimbledon em 2014, quando fez sua ascensão no circuito mundial e alcançou o top 5 pouco depois, no mês de outubro. Ano passado, a bela canadense foi apontada como a atleta com maior potencial de marketing do mundo segundo a SportsPro Media. Neymar ficou em segundo lugar na mesma lista.

O diretor do torneio, Lui Carvalho, conseguiu fechar com Bouchard na última hora, já que o período para inscrições no Rio Open terminou nesta terça-feira. É o nome de maior peso do torneio feminino em três edições, algo que Carvalho queria desde que o evento veio para a capital fluminense.

Driblando o calendário

O maior desafio para o Rio Open atrair nomes de peso para a chave feminina sempre foi o calendário. O evento, que tem premiação de US% 250 mil, está isolado na América do Sul em fevereiro e é disputado no saibro. É complicado competir com os eventos de Dubai e Doha, em datas coladas e com premiações muito maiores (US$ 2 milhões e US$ 2,8 milhões, respectivamente).

Logo, as melhores tenistas preferem ir ao Oriente Médio para duas semanas de eventos fortes a viajar até a América do Sul para um evento modesto. E ainda há a questão do piso. Quem opta pelo saibro precisa se readaptar às quadras duras para Indian Wells e Miami, torneios fortes na sequência. A turma que vai a Dubai e Doha evita esse problema adicional.

Deve ter ajudado o fato de Bouchard ter vivido um 2015 dos infernos, que fez seu ranking cair para o atual 49º posto. Depois de alcançar as quartas de final do Australian Open, a canadense teve poucos resultados expressivos e envolveu-se numa polêmica ao não cumprimentar a romena Alexandra Dulgheru em um sorteio da Fed Cup.

Quando parecia prestes a reencontrar o caminho e alcançou as oitavas de final no US Open, em setembro, a canadense escorregou no vestiário, bateu com a cabeça na queda e sofreu uma concussão, sendo forçada a abandonar o último Grand Slam de 2015. Bouchard processou o US Open, e a questão corre na Justiça.

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.