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Saque e Voleio

Definindo o favoritismo de Sharapova

Alexandre Cossenza

29/05/2014 06h00

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Em menos de 25 horas, Roland Garros perdeu as duas principais cabeças de chave de seu torneio feminino. Primeiro, foi Na Li, que tombou na estreia diante da francesa Kristina Mladenovic: 7/5, 3/6, 6/1). Nesta quarta-feira, foi a vez da poderosa Serena Williams, número 1 do mundo e atual campeã do torneio. Em uma jornada desastrosa, a americana venceu apenas quatro games diante da espanhola Garbiñe Muguruza: 6/2 e 6/2.

Em um dia, Maria Sharapova foi alçada à condição de favoritíssima ao título. Não (alerta de clichês!), nada está ganho. A russa ganhou apenas dois jogos e não foi espetacular em nenhum deles. Não é uma crítica. A moça nem foi exigida para tanto. Só que ninguém vem jogando tão bem com tanta frequência no saibro como Sharapova. É isso, no fim das contas, que define favoritismo. Especialmente quando tiramos da equação Serena Williams, a maior algoz da carreira da russa. As duas se enfrentariam nas quartas de final.

O caminho da ex-número 1 antes de chegar à final ainda pode ter a vice-campeão do Australian Open, Dominika Cibulkova, ou a australiana Samantha Stosur, vice de Roland Garros alguns anos atrás. No dia "certo", qualquer das duas pode muito bem derrubar Sharapova. E é aí que entra o grande ponto do favoritismo. Como a chave se apresenta hoje, é muito possível que este jogo de oitavas de final seja o mais duro para a russa até a decisão.

A não ser, é claro, que Garbiñe Muguruza tenha na manga mais algumas atuações fantásticas como a desta quarta, contra Serena. Este, aliás, é outro ponto que vale ressaltar. A número 1 do mundo fez uma partida horrível para seus padrões, o que é indiscutível. O que não se pode deixar de notar, contudo, é que Muguruza não abriu uma fresta sequer para que Serena se encontrasse. A espanhola de 20 anos não aliviou, não amarelou e não se limitou a esperar as falhas da adversária. Foi impecável técnica e taticamente, o que é raríssimo de ver contra uma número 1.

Coisas que eu acho que acho:

– Meus últimos dias foram atribulados com alguns problemas "extraquadra" (coisas de gente "normal", que precisa ir a bancos, cartórios, tratar de documentação disso e daquilo), por isso estou devendo um post sobre Teliana Pereira. Ele virá nesta quinta, com vitória ou derrota diante de Sorana Cirstea, ok? Agradeço a compreensão de quem compreender. 🙂

Sobre o autor

Alexandre Cossenza é bacharel em direito e largou os tribunais para abraçar o jornalismo. Passou por redações grandes, cobre tênis profissionalmente há oito anos e também escreve sobre futebol. Já bateu bola com Nadal e Federer e acredita que é possível apreciar ambos em medidas iguais.
Contato: ac@cossenza.org

Sobre o blog

Se é sobre tênis, aparece aqui. Entrevistas, análises, curiosidades, crônicas e críticas. Às vezes fiscal, às vezes corneta, dependendo do dia, do assunto e de quem lê. Sempre crítico e autêntico, doa a quem doer.